@MASTERSTHESIS{ 2021:1752446067, title = {Descrição do rotacismo e do retroflexo em localidades do Oeste paranaense}, year = {2021}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/5990", abstract = "Esta Dissertação está alicerçada nos princípios teórico-metodológicos da Dialetologia e da Geolinguística, com o objetivo geral de analisar, por meio da revisão e da transcrição fonéticofonológica dos inquéritos realizados por Busse (2010), os registros das variantes para a lateral dental e os róticos, considerando variáveis extralinguísticas (sexo, faixa etária e nível de escolaridade) e linguísticas (coda medial e final e sílaba complexa), na fala dos cascavelenses, rondonenses e chateaubriandenses. O Oeste paranaense apresentou, na história de sua colonização, traços linguísticos e culturais trazidos por grupos de diferentes lugares do Brasil, o que conferiu à região uma realidade linguística diversificada. Esse pluralismo linguístico orientou a pergunta norteadora desta pesquisa: as variantes para a consoante lateral dental em ataque silábico complexo e coda silábica e dos róticos em coda silábica, nos inquéritos realizados por Busse (2010), em Cascavel, Marechal Cândido Rondon e Assis Chateaubriand, indicam processos de manutenção ou inovação linguística? Para respondermos a essa questão, recorremos aos estudos de Labov (1972), Tarallo (2001), Cristófaro-Silva (2003; 2011), Busse (2010), Cardoso (2010) e Mollica e Braga (2010), dentre outros pesquisadores. O corpus desta pesquisa é composto pelas respostas aos inquéritos fonético-fonológicos da tese intitulada Um estudo geossociolinguístico da fala do Oeste do Paraná (BUSSE, 2010). Para o estudo dos dados, além de investigar a variação diatópica, levamos em consideração implicações de natureza social. A partir das análises, foi possível perceber que o rotacismo faz parte do cenário linguístico de Cascavel e Assis Chateaubriand e que, por meio dos registros na dimensão diassexual, o fenômeno não é visto com estigma nesses municípios, mas sim como um modo diferente de pronúncia dentro das inúmeras possibilidades de variação e da grandiosidade da língua portuguesa. Averiguamos, ainda, que, em Marechal Cândido Rondon, não foram registradas ocorrências de rotacização. Também constatamos que a variável escolaridade pode atuar como contexto desfavorável para a manutenção desse fenômeno. Em relação ao retroflexo, verificamos que essa variante faz parte do pluralismo linguístico das três cidades e que pode indicar, inclusive, processos de mudança em progresso, pois os informantes mais jovens recorreram ao seu uso em grandes proporções. Além disso, essa variante não sofre estigmatização nas comunidades de fala abarcadas neste trabalho, mas se coloca como um indicador diatópico que permite reconhecer a procedência geográfica do falante.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }