@MASTERSTHESIS{ 2022:211314310, title = {Contribuição do Programa Nacional de Alimentação Escolar na situação de segurança alimentar e nutricional em famílias com crianças até seis anos durante a pandemia de Covid-19}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/5981", abstract = "A alimentação escolar é uma das políticas públicas voltadas para alimentação e nutrição mais antigas no Brasil e que permanece vigente. Perante a situação da pandemia de Covid-19 e da suspensão das aulas presenciais, a execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) emergiu como um desafio. O governo federal autorizou a distribuição dos alimentos adquiridos com os recursos do PNAE aos alunos de escolas públicas, sendo que grande parte das instituições de ensino optou pela distribuição em forma de kits. Diante desse contexto, o objetivo deste trabalho foi verificar a associação entre a insegurança alimentar, características sociodemográficas e o acesso ao PNAE em famílias de crianças matriculadas em escolas de educação infantil da rede pública de ensino no município de Campo Erê, no contexto da suspensão das atividades presenciais nas escolas, durante a pandemia de Covid-19. Trata-se de um estudo do tipo transversal, realizado com famílias de crianças matriculadas em escolas de educação infantil, do perímetro urbano, no município de Campo Erê, estado de Santa Catarina. A amostra foi por conveniência e os dados coletados no dia em que houve a entrega das avaliações dos alunos aos pais, ou responsável, durante o mês de dezembro de 2020. Aplicou-se um questionário para caracterização sociodemográfica e acesso ao PNAE (variáveis independentes), bem como a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) para identificar a situação de segurança ou insegurança alimentar (variável dependente). Obteve-se informações sobre o número, a composição e a forma de distribuição dos kits de alimentos junto a Secretaria de Educação Municipal. Para as análises estatísticas utilizou-se o software SPSS versão 26. Foi empregado o Teste quiquadrado, e o teste exato de Fisher, para investigar a existência de associação entre a variável dependente e as variáveis independentes. Adotou-se significância estatística p < 0,05. Levou-se ao modelo multivariado (regressão logística) as variáveis independentes que apresentaram p ≤ 0,20, e compuseram o modelo final aquelas com p < 0,05. Foram entregues ao todo 865 kits de alimentos aos alunos das escolas de educação infantil do município estudado. Aproximadamente 45% dos alunos fizeram a retirada dos kits. Participaram do estudo 122 famílias. Segundo a EBIA, 35,2% das famílias apresentavam algum grau de insegurança alimentar. Ainda, 60,7% dos entrevistados afirmaram ter retirado pelo menos um kit de alimentos distribuídos durante o ano de 2020. Verificou-se associação entre a insegurança alimentar com diversas características sociodemográficas, como idade, cor da pele, escolaridade e trabalho remunerado materno, renda familiar, fontes de renda diversas, perda de emprego ou redução de renda após o início da pandemia, e a retirada de kits de alimentos distribuídos pelas escolas. O modelo multivariado final mostrou que famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, que eram compostas por aposentados, ou pensionistas, tiveram maiores chances de apresentar insegurança alimentar. Em contrapartida, a renda familiar de três salários mínimos, ou mais, reduziu as chances de insegurança alimentar. Os achados reforçam a relação entre insegurança alimentar e indicadores de vulnerabilidade social, e apontam para a importância do PNAE como uma política de promoção da segurança alimentar.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde}, note = {Centro de Ciências da Saúde} }