@MASTERSTHESIS{ 2022:1853126787, title = {Fatores associados às alterações neurocognitivas em pessoas vivendo com HIV maiores de 50 anos}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/5968", abstract = "Introdução: Com o advento da Terapia Antirretroviral (TARV) notou-se que nos últimos anos houve melhora da qualidade e expectativa de vida das pessoas vivendo com HIV (PVHIV) com o retardo da progressão da infecção. Como resultado da exposição prolongada tanto ao vírus como aos fármacos e sua toxicidade, o papel do HIV no desenvolvimento de doenças crônicas, mesmo em uso da TARV, é evidente. O Sistema Nervoso Central (SNC) é um dos tecidos que sofre impacto nesta infecção, pois mesmo os indivíduos com carga viral periférica indetectável têm apresentado neurodegeneração, causando inflamação no tecido nervoso e colaborando para o surgimento de alterações neurocognitivas associadas ao HIV (HAND). As HAND, incluindo sua forma mais grave, são mais prevalentes em PVHIV com mais de 50 anos. Objetivo: Objetivou-se neste estudo identificar os fatores associados às alterações neurocognitivas em PVHIV maiores de 50 anos. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, em pacientes maiores de 50 anos em acompanhamento no Serviço de Atenção Especializada (SAE) Francisco Beltrão, Paraná, entre abril e novembro de 2021. Foram utilizados como instrumentos de pesquisa: questionário sociodemográfico, escala de Lawton, miniavaliação nutricional (MAN), escala internacional de demência associada ao HIV (IHDS), escala de depressão geriátrica com 15 questões (GDS), velocidade da marcha (VM), avaliação de síndrome de fragilidade, avaliação de sarcopenia. Resultados: 68,57% (n = 48) dos pacientes ativos no SAE, com mais de 50 anos e residentes em Francisco Beltrão, Paraná, participaram do estudo, sendo 60,41% mulheres (n = 29), 58,3% solteiros (n = 14) ou divorciados (n = 14), com idade média de 59,6 anos. A idade no diagnóstico obteve uma média de 50,3 anos e a escolaridade 7,5 anos. Os participantes apresentaram uma média de 1,7 doenças, com média do uso de 2,4 medicamentos por paciente. A média atual de LT CD4+ foi de 561,5 cl/mm3, sendo classificados como caso de AIDS, pelo critério brasileiro, 18,75% dos pacientes (n = 9). A CV atual obteve média de 29241 cp/ml, sendo que 89,58% dos participantes estavam atualmente com CV indetectável (n = 43). Um total de 75% apresentou comprometimento neurocognitivo pela IHDS (n = 36), sendo que 88,89% (n = 32) foram classificados assintomáticos (ANI) e os outros 11,11% (n = 4) na forma leve/moderada (MND) de HAND. Conclusão: HAND é altamente frequente em PVHIV maiores de 50 anos, mesmo em uso de TARV e CV indetectável, sendo a forma assintomática a mais presente. Houve correlações positivas para a escolaridade, MAN e carga viral no diagnóstico e desempenho cognitivo, bem como, correlações negativas para o número de doenças, número de medicamentos e glicemia, entretanto, no modelo final somente a escolaridade, a carga viral no diagnóstico e a glicemia permaneceram como fatores associados, explicando, juntas, 46% da variabilidade do IHDS. Apesar da relevância desta temática, a avaliação neurocognitiva não constitui uma realidade na rotina da maioria dos serviços de saúde que atendem PWLH. Diagnosticar precocemente as HAND é importante para melhor prognóstico do paciente.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde}, note = {Centro de Ciências da Saúde} }