@PHDTHESIS{ 2021:821289651, title = {Resistência e luta pela terra no território Cantuquiriguaçu-Paraná}, year = {2021}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/5907", abstract = "Neste trabalho foram investigadas e analisadas a resistência e a luta pela terra, tendo como recorte o Território da Cantuquiriguaçu -Paraná - Brasil. Apresentaram-se o Território Camponês, seus elementos de luta e resistência presentes na cultura, na produção da vida, na relação do trabalho familiar, comunitário, na relação com a terra, bem como nas contradições presentes por meio dos conflitos, das disputas e dos enfrentamentos, dado o avanço do agronegócio. Nesta pesquisa considerou-se, hipoteticamente, que havia no Território da Cantuquiriguaçu resistência e luta pela terra resistindo ao modo de produção capitalista, ainda que em permanente conflitualidade, com continuidades e descontinuidades. Para tanto, os objetos de estudo apresentados e analisados apresentam os territórios e as paisagens camponesas e do agronegócio. As análises foram desenvolvidas a partir do materialismo histórico e dialético, com uma metodologia de base quantitativa, qualitativa e participativa a partir de pesquisas de campo, bibliográfica, documental e comparativa. O aporte teórico deste trabalho apresenta o Paradigma da Questão Agrária e o Paradigma do Capitalismo Agrário por meio da resistência e luta pela terra. Esta pesquisa evidencia a disputa entre os camponeses e o agronegócio no Território Cantuquiriguaçu, que apresenta duas paisagens: a paisagem homogênea do agronegócio, com concentração da terra, monoculturas, agrotóxicos e grandes equipamentos agrícolas, e a paisagem heterogênea do campesinato, com base na terra de trabalho, de produção da vida, cuja realidade tem sido construída pelo protagonismo dos Movimentos Sociais Populares do Campo e, também, por camponeses não organizados em movimentos sociais. Podemos concluir que o Território da Cantuquiriguaçu se configura, na prática do campesinato, como um território de conflitos, de disputas, com lutas, resistências e enfrentamentos ao agronegócio, visto que se rompem as cercas do latifúndio e se produz outro tipo de paisagem e de território, com o policultivo, mantendo-se a essência do trabalho familiar, da relação com a terra e da produção da vida com laços culturais e sociais específicos. O campesinato adota relações com o Estado a fim de pressionar por suas demandas de acesso à terra, de produção, comercialização e qualidade de vida, como estratégias de resistência. A organização camponesa em Movimentos Sociais Populares do Campo, a cooperação, mercados de circuitos curtos, a luta e a resistência por terra e direitos são fatores decisivos para a manutenção do campesinato, mesmo com o avanço do agronegócio. A luta e a resistência camponesa no Território da Cantuquiriguaçu, associadas aos elementos já descritos, apresentam a agroecologia como potencialidade e, concomitantemente, a realidade e a utopia de um modelo de agricultura que articule o cuidado com a vida, com a terra e com uma sociedade pautada na igualdade social, na democracia e na solidariedade.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }