@MASTERSTHESIS{ 2021:394961045, title = {Esclerose sistêmica: aspectos epidemiológicos, características clínicas e manifestações orofaciais na região oeste do Paraná}, year = {2021}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/5896", abstract = "A esclerose sistêmica (ES) é uma desordem crônica e heterogênea, geralmente caracterizada por alterações vasculares, inflamatórias e fibróticas na pele e em vários órgãos internos devido a disfunção de três elementos principais: fibroblastos, células endoteliais e sistema imune. Essas mudanças resultam na obliteração de microvasos, acúmulo de colágeno que levam ao endurecimento da pele e danos no trato gastrointestinal, rins, pulmões, coração e cavidade oral. Os estudos epidemiológicos no Brasil referentes à esclerose sistêmica são escassos e relatos sobre alterações orofaciais, a grande maioria, são provenientes da literatura internacional. O objetivo desse trabalho foi determinar a incidência e a prevalência, características clínicas, exames laboratoriais, conduta terapêutica e manifestações orofaciais de todos os pacientes diagnosticados com ES na região oeste do Paraná. Os dados foram coletados de agosto de 2019 a agosto de 2020 em seis clínicas reumatológicas particulares, em um centro regional de especialidades, no centro municipal de especialidades e no ambulatório de especialidades do Hospital Universitário do Oeste do Paraná. Após o levantamento epidemiológico, os elegíveis foram convidados a participar da investigação de possíveis manifestações orofaciais, como: hipossalivação, presença de telangiectasias, microstomia, presença de cáries e de doença periodontal. A pesquisa identificou 57 (100%) pacientes com o diagnóstico de ES na região oeste do Paraná, sendo que destes, 30 (52,63%) eram residentes em Cascavel/PR. Isso propiciou o cálculo da incidência, estimada em 1,2 casos/100.000 habitantes/ano, utilizando-se aqueles com diagnóstico no ano da pesquisa, enquanto a prevalência (calculada com todos os pacientes) ficou em 9 casos/100.000 habitantes. A maioria dos pacientes eram do sexo feminino (90%) e a média de idade foi de 42,5±17,22 anos. A característica clínica mais frequentemente relatada foi o fenômeno de Raynaud (86,67%), logo seguido do espessamento cutâneo (70%). A ES limitada foi mais identificada pelos médicos (60%) e o exame FAN reagiu em 86,66% dos casos. Na investigação das alterações orofaciais, seis pacientes aceitaram participar. Desses, 50% apresentaram hipossalivação muito baixa, sendo que todos possuíam telangiectasias e doença periodontal. Dos que permitiam avaliação da abertura bucal, 50% foram considerados micróstomos. O índice de CPO-d foi de 21,16, enquanto a média do índice de placa e de cálculo dental visíveis foram, respectivamente, de 0,37 e 0,23. Esse estudo vem ressaltar e ratificar a importância de estudos epidemiológicos de doenças autoimunes e que apesar de possíveis vieses, os dados encontrados estão de acordo com outros de diferentes partes do mundo. A ES apresenta um grande desafio para médicos e cirurgiões-dentistas, na questão diagnóstica e no impacto na saúde bucal e qualidade de vida, sendo necessárias maiores investigações e uma maior amostragem.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Odontologia}, note = {Centro de Ciências Biológicas e da Saúde} }