@MASTERSTHESIS{ 2021:205259162, title = {Do nacionalismo ao neoliberalismo: reflexões acerca da docência em Geografia no Brasil}, year = {2021}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/5888", abstract = "Esta dissertação tem como objetivo compreender a docência em Geografia presente nas leis, documentos e reformas educacionais dos projetos políticos Nacionalista e Neoliberal brasileiros, tendo como base dois momentos que acreditamos ser centrais na consolidação da nação brasileira: o primeiro da década de 1930 até o ano de 1964, marcado pela presença de políticas nacionalistas; e o segundo de 1985 até o ano de 2018, respaldado pelos projetos políticos neoliberais. A década de 1930 foi um momento de grandes incursões políticas e reformas econômicas no país, por exemplo: o golpe de Getúlio Vargas (1930), homologação da nova Constituição de 1934 e a criação da Universidade de São Paulo (USP, 1934), berço do primeiro curso de Geografia no Brasil. Ao longo dos anos o Nacionalismo, enquanto política pública e econômica adotada nos governos de Getúlio Vargas (1930-1945 / 1951-1954) e Juscelino Kubistchek (1956-1961), cedeu espaço ao Neoliberalismo a partir da década de 1990. Oriundas da política neoliberal, muitas mudanças ocorreram no setor político e econômico nacional que resultaram em verdadeiras ofensivas ao setor educacional e, consequentemente, à docência em Geografia. Portanto, com esse trabalho, buscamos compreender a influência exercida pelas políticas nacionalistas e neoliberais na educação e na docência em Geografia, uma vez que consideramos o tema importante para repensarmos o lugar da docência na atualidade. Para isso tornou-se necessária a recuperação histórica nacional a fim de abordar os principais aspectos que marcaram esse período, bem como os objetivos vinculados ao professor de Geografia. A pesquisa caracteriza-se como bibliográfica e documental tendo como aporte teórico produções e escritos de Paul Vidal de La Blache (1928), Delgado de Carvalho (1925, 1945), Fernando de Azevedo (1971), Pierre Monbeig (1935), Rui Ribeiro de Campos (2011), Bernadete Angelina Gatti (2009, 2010, 2013), Antônio Nóvoa (1995, 2011), Milton Santos (1977, 1999, 2004, 2011), entre outros, além de leis e reformas como: Reforma Francisco Campos (1931), Reforma Capanema (1942), Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1961, 1971 e 1996, Parâmetros Curriculares Nacionais de 1997-98, Planos Nacionais de Educação de 2001 e 2014, Reforma do Ensino Médio (2017), Base Nacional Comum Curricular (2017), entre outros, a fim de entendermos a interferência dos projetos políticos e documentos educacionais no exercício da docência em Geografia no Brasil. Enquanto pesquisa teórica realizamos um levantamento das produções acadêmicas e literárias sobre o tema, tendo em vista o avanço das discussões acerca da docência em Geografia. A partir desse levantamento observamos discussões que tratam o professor de forma idealizada, ou seja, que possui condições favoráveis para um trabalho crítico e reflexivo alheio às intervenções políticas, econômicas e sociais. Contudo, percebemos a existência de poucas pesquisas que atrelam a docência em Geografia aos interesses conjunturais, isto é, como os interesses políticos e econômicos da classe dominante interferem no trabalho docente. Desta forma, verificamos dois grandes momentos da Geografia ensinada na escola: uma desprovida de qualquer senso crítico; e outra apresentando caráter crítico-reflexivo tanto na formação docente quanto no ensino da Geografia. Ambas, porém, não deixaram de sofrer interferência dos poderes políticos e econômicos que ainda hoje atuam como mantenedores dos interesses da classe dominante.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Geografia}, note = {Centro de Ciências Humanas} }