@MASTERSTHESIS{ 2021:1801544312, title = {"Bem-Bolado": o protagonismo familiar e o papel das Associações Cannabicas no enfrentamento político diante do uso terapêutico da Cannabis}, year = {2021}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/5872", abstract = "A presente pesquisa tem por objetivo discorrer em que medida o papel das Associações Cannabicas frente ao uso terapêutico da Cannabis, em uma sociedade proibicionista, pode ser fundamental e de que modo tais associações têm engendrado as transformações necessárias frente ao proibicionismo, no que tange aos processos de descriminalização do uso recreativo da Cannabis, bem como em relação à busca de apoio ao uso terapêutico. Para isso, utilizaremos algumas contribuições de Lüchmann (2011), a qual trata dos modelos de associações; a Lei 10.406/023 que institui e assegura a criação das associações; a Lei 11.343/06 que institui a política de drogas no Brasil; abordamos também as considerações de Thoreau (1849) que trata sobre a “desobediência civil pacífica”, mecanismo utilizado pelas Associações Cannabicas e pacientes para assegurar o direito ao cultivo de maconha para fins medicinais. Fazemos uso também das contribuições de Pereira-Pereira (2006), que fala sobre a família ser responsabilizada em sua função protetiva; também as contribuições de Campos (2015) que trata sobre a participação da família no contexto da proteção social como resposta ao desenvolvimentismo empurrado pelo capitalismo. Também utilizamos as contribuições de Ferrugem (2019), que trata das questões raciais que envolvem o uso de substâncias tidas como drogas e como as famílias em situação de vulnerabilidade são perseguidas pelas condições socioeconômicas dentro do contexto de criminalização de pessoas pretas, pobres e periféricas. Dessa forma, o Estado, ao manter uma lógica proibicionista e ao apostar na “guerra às drogas” como fundamento de suas ações, acaba por negligenciar o acesso à saúde e criminalizar famílias e usuários/as. Assim, nos detemos à seguinte problemática: Partindo-se do pressuposto de que a defesa do proibicionismo por parte do Estado implica em sua desresponsabilização frente à proteção social dos indivíduos, levando as famílias a assumirem o exercício da função protetiva, em relação ao uso terapêutico da Cannabis, de que modo a família tem conseguido ser protagonista no enfrentamento político por esse uso, junto ao Estado? Para responder a essa inquietação principal, utilizamos pesquisa bibliográfica, documental e empírica, seguido de entrevista com as Associações Cannabicas Abrace, Apepi, Agape, Acamero e Santa Cannabis, escolhidas de maneira que pudessem contemplar as cinco regiões brasileiras buscando compreender a relação entre Estado, Proteção Social e Família, refletindo sobre contradições que as levaram a assumir o papel de proteção social. Nesse sentido, identificamos que a formação de associações é extremante relevante, pois, por meio delas, as famílias procuram maneiras de assumir aquilo que o Estado deixa de lado, judicializando situações que poderiam ser facilmente resolvidas com uma regulamentação e uma lei de drogas que prezasse pela garantia de direitos e de acesso, e não por políticas que criminalizam as pessoas.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social}, note = {Centro de Ciências Sociais Aplicadas} }