@MASTERSTHESIS{ 2021:1645166310, title = {Mitologia como exposição do absoluto na arte em Schelling}, year = {2021}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/5870", abstract = "Dois desígnios decisivos servem de guia a esta pesquisa: compreender (i) como e (ii) por que Friedrich W. J. Schelling defende ser a mitologia a exposição (Darstellung) simbólica absoluta, isto é, a maneira própria pela qual o absoluto ou Deus se apresenta à consciência humana, finita. Como se verá, os dois objetivos por vezes se confundem, mas ainda assim são duas ações distintas, o esforço consiste justamente em fazê-los coincidir – em identidade – no pensamento. Ao mesmo tempo, se quer salientar com isso o que talvez seja a maior peculiaridade do pensamento schellinguiano, vital à sua compreensão, a saber, a constante recorrência da forma da dualidade, tanto como forma de apresentação de seu sistema, quanto modo próprio de operar da estrutura racional-reflexiva da consciência, que só pode ser superada numa unidade e identidade absolutas por meio de um esforço estético, e não teórico-científico, de conhecimento. Esse cuidado se converterá em recurso para a defesa da tão controversa unidade do pensamento de Schelling, à qual o presente escrito se mostra favorável desde o primeiro capítulo. Como recurso didático, também aqui se buscou reproduzir a forma da dualidade na metodologia, estrutura e formatação geral de organização dos capítulos. Dado que o objetivo é explicitar, como o próprio título já indica, a definição de mitologia como exposição do absoluto na arte, procurou-se delinear, inversamente, em primeiro lugar o âmbito e o papel da arte, seguido pelo desenvolvimento da noção de exposição ou hipotipose para, por fim, visualizar o conceito de mitologia enquanto exposição simbólica absoluta já em pleno funcionamento. Muito embora a atenção e o foco do discurso estejam voltados completamente à temática da arte e da mitologia, nem por isso conceitos caros ao Idealismo Objetivo de Schelling deixaram de ser abordados. Ao contrário, noções tais como o de natureza, identidade, história, consciência, foram incluídos na construção argumentativa do lugar da arte e da mitologia no sistema. A transformação da figura da dualidade em método de organização da dissertação concedeu a oportunidade e o privilégio de incluir um terceiro e último capítulo, dedicado à união dos dois antecedentes, isto é, exclusivamente à mitologia. Como não poderia ser de outra maneira, sua redação não segue a via do conhecimento determinado, mas da liberdade da imaginação que nutre a via estética. Nele está contida a análise schellinguiana do mito de Deméter e Perséfone, cuja figuração divina em si mesma se apresenta como símbolo absoluto (Sinnbild) da dissolução da dualidade em unidade e indiferença dos opostos.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }