@MASTERSTHESIS{ 2021:1792171262, title = {Saúde mental e inclusão social: a perspectiva da gestão de um CAPSad III Regional sobre a lógica territorial}, year = {2021}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/5868", abstract = "Os dependentes químicos vivenciam no seu cotidiano a exclusão social que se arrasta ao longo dos tempos, e que vai ganhando força pela questão moral e pelo o estigma que a está intimamente relacionada à dependência química. O presente estudo aborda criticamente a dialética exclusão/inclusão social no sistema capitalista e sobre como isso se apresenta em relação trabalho junto aos usuários de álcool e drogas. A partir da Reforma Psiquiátrica houve mudanças na atenção e nas estratégias de cuidados destinadas a esta população; práticas voltadas ao território e inclusivas ganharam centralidade. Analisa-se como as práticas de cuidado destinadas aos dependentes químicos estão se materializando na prática cotidiana dos serviços de base comunitária, levando em conta o trabalho e a apropriação do território como um instrumento de reabilitação, uma vez que a autonomia dos usuários e a transformação cultural da sociedade que os acolhe são a base para o processo de desinstitucionalização das práticas de cuidado e de inclusão social. Os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas-CAPSad III são considerados dispositivos estratégicos de grande avanço no processo da Reforma Psiquiátrica brasileira, que visam a atuação no território e a inclusão social dos usuários. Contudo, observa-se que os serviços que são oriundos de consórcios intermunicipais (distantes do território dos seus usuários) podem estar atuando na contramão da lógica territorial, produzindo uma “desterritorialização”, contraditoriamente ao que é preconizado pela Reforma Psiquiátrica. Busca-se, assim, apreender e analisar em que medida a inclusão social dos usuários do CAPSad III Regional tem sido efetivada, com base nos princípios da reabilitação psicossocial e da lógica territorial, postulados a partir da Reforma Psiquiátrica, na Lei 10.216/2001. Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativa, a qual teve como local investigado um CAPSad III Regional. O material empírico foi produzido a partir da aplicação de questionário e entrevista semiestruturada na amostra, que corresponde à coordenadora deste serviço. Os dados coletados foram analisados por meio da análise de conteúdo. Conclui-se, neste estudo, que a coordenadora está ciente da importância de se desenvolverem estratégias de inclusão social no território, contudo, os resultados obtidos revelam que o serviço estudado não apresenta estratégias de inclusão social que promova o protagonismo e a emancipação do usuário e que levem em conta a lógica territorial, promovendo práticas extraterritoriais e centradas no serviço. Não é possível afirmar, no entanto, que a ausência da apropriação do território seja proveniente somente da questão da intermunicipalidade, pois outras duas variáveis se colocam no atravessamento dessa: as concepções e perspectivas pessoais/profissionais da gestora e a própria contradição existente na Política Pública de Saúde Mental. Nesse sentido, apesar de seus limites, este estudo mostra-se potente quanto aos seus achados, os quais podem fomentar investigações e pesquisas futuras em amplitudes maiores, com vários e diversos CAPSad III Regionais, para que seja possível se compreender quais das dimensões discutidas, aqui, mais determinam a apropriação territorial, ou a ausência dela, em serviços desta modalidade.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social}, note = {Centro de Ciências Sociais Aplicadas} }