@PHDTHESIS{ 2021:1033319122, title = {O vento no seu rosto traz histórias para contar: o acolhimento e a alteridade na privação de liberdade de mulheres encarceradas}, year = {2021}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/5850", abstract = "A presente tese discute o acolhimento com Alteridade na visão de quem decidiu por acolher o Rosto da Outra. É resultado de uma pesquisa, de caráter qualitativo e abordagem fenomenológica, acerca dos sentidos dados pelas mediadoras ao acolhimento experienciado nos Círculos em Movimento na Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu-PR, no ano de 2019. Esta ação foi desenvolvida por meio de um projeto de extensão intitulado “O vento no seu Rosto traz histórias para contar: histórias de vida de mulheres que convivem no sistema prisional”, no qual o interesse concentrava-se no diálogo aberto com as mulheres encarceradas e na partilha de suas trajetórias de vida. A ideia de explorar a experiência vivida no cárcere, no sentido de apreender o fenômeno do acolhimento, nasce com o objetivo de responder às seguintes questões: como quem se propõe acolher é afetado pela presença e a realidade da mulher encarcerada? A alteridade, na perspectiva levinasiana, necessita de quais elementos para conduzir a renúncia do Eu e para suscitar o agir ético no acolhimento na privação de liberdade como forma de justiça (amor)? Tanto o conceito de acolhimento quanto de alteridade, presentes nesta tese, advém dos estudos sobre a Filosofia da Alteridade, de Emmanuel Levinas (2007, 2009, 2010, 2011, 2014 e 2015), o filósofo lituano-francês que sobreviveu o holocausto e propôs uma mudança radical na relação com Outrem. Por meio das narrativas fornecidas pelas entrevistadas foram evidenciadas as possibilidades de pertencimento, conscientização, justiça e não-violência presentes na vivência dos Círculos em Movimento, olhando para a sua aplicação como uma forma de praticar a inclusão, a autonomia e a libertação de sujeitos esquecidos pelo sistema, sem domínio da exterioridade, assimilação/aniquilação da diferença e aprisionamento do Eu em si Mesmo. Ao final, pudemos concluir que, os elementos que possibilitam o reconhecimento de Outrem e da diferença na privação de liberdade de mulheres encarceradas pela pessoa que acolhe foram: o desejo metafísico pela Outra; a vulnerabilidade diante do Rosto; a linguagem do encontro face-a-face; a visão do acolhimento como compromisso, ensinamento e justiça; a importância do diálogo emancipador, libertador e justo; a necessidade da reflexão crítica e consciente sobre a ação e a abertura à transcendência.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }