@PHDTHESIS{ 2021:1889400110, title = {Trabalhadores sem terra na Amazônia (1970-2020)}, year = {2021}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/5833", abstract = "Esta Tese de História é sobre o processo histórico vivido pelos trabalhadores sem terra que migraram dos estados do Sul do Brasil, mas não exclusivamente, para a região Amazônica no Norte do Mato Grosso, no fim dos anos 1970 e início de 1980. E de como esse processo elaborado pelo Estado autoritário do período ditatorial junto de empresas apoiadoras, disfarçadas na forma de cooperativas, expropriou indígenas e posseiros e concentrou as terras em formas de posses ilegais nas mãos de poucos latifundiários. A Tese aborda como os trabalhadores se posicionaram diante dessa reforma agrária capitalista e mentirosa e então construíram variadas formações políticas de luta de classe e passaram aos embates com representantes dos capitais, sobretudo os órgãos de Estado e com as milícias armadas dos fazendeiros-grileiros. Para isso valorizo as memórias e as interpretações que os trabalhadores deram do processo que viveram e abandono a pretensão de provar ou refutar uma teoria ou categoria de análise, embora estejamos firmemente calcados nas concepções marxistas e marxinianas. Nesse processo verifico como os trabalhadores construíram o Sindicato do Trabalhadores Rurais de Novo Mundo para atuarem politicamente na luta pela terra. E nele não buscando representatividade, mas se representando e pressionando a classe contrária e seus aparatos. Entendi dessa forma como mesmo ai no seio da classe trabalhadora houve rupturas e conflitos. Depois argumento que a igreja católica, por intermédio da CPT, buscou se construir como outra possibilidade de luta e que conflitava com a do sindicato, sem contradizê-la na essência. Por fim, em momentos em que a classe trabalhadora, se sente pouco representada pelo sindicato e pela CPT ela constrói outros movimentos em formas de associação que deram continuidade aos processos anteriores. Então tive de abordar como esses trabalhadores transitaram e ainda o fazem, entre as possibilidades de luta. Uma questão pertinente foi à dissolução da Associação Nhandu via Justiça do Estado e com forte aparato militar de grupos operações táticas de elite, que massacraram as lideranças e principais trabalhadores envolvidos na luta. Somando-se a esses o IBAMA articulado com a Secretaria de Meio Ambiente que criminalizaram os acampamentos e assentamentos.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras} }