@PHDTHESIS{ 2021:1483208865, title = {Resíduos de pesticidas em mel de Apis Mellifera produzidos na microregião de Toledo - Paraná}, year = {2021}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5756", abstract = "O Brasil destaca-se na produção nacional e internacional de mel, por conta da repleta diversidade florística com clima favorável o ano todo. No espaço nacional, as regiões Sul e Nordeste são as maiores produtoras, responsáveis por cerca de 70% da produção de mel. Entretanto, esse cenário está em constante ameaça; isso porque as abelhas vêm sofrendo colapsos em suas colônias e o grande vilão têm sido os agrotóxicos. Dentre eles, destacam se os inseticidas sistêmicos, imidacloprido e o fipronil, utilizados em larga escala, principalmente, nas culturas de soja e milho. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade do mel quanto à concentração de fipronil e imidacloprido da microrregião de Toledo, Paraná, relacionando as concentrações com uso e ocupação das áreas de forrageamento aos apiários coletados. As amostras foram coletadas em dezembro de 2019 e o método proposto para extração e quantificação foi, primeiramente, validado em sistemas cromatográficos selecionados. Consecutivamente, as amostras passaram por um processo de extração em fase sólida, acopladas a cartucho, para posterior leitura em cromatografia. Os parâmetros da validação do método foram satisfatórios; a linearidade apresentou R2 ≥ 0,99 para ambos os compostos. A recuperação para o imidacloprido foi de 92,28%, com LD 0,007 e LQ 0,005 µg ml – 1; já para o fipronil, a recuperação atingida foi de 118,32%, com LD 0,003 e LQ 0,005 µg ml – 1. Em termos de representatividade, 41,34% das amostras apresentaram concentrações de imidacloprido com valores variando até 2,07 µg ml – 1; já 87,8% das amotras, estavam contaminadas por fipronil com variação de até 0,0675 µg ml – 1. As regiões com as maiores concentrações coincidiram com o uso da terra nas áreas de forrageamento das abelhas e com a utilização desses compostos nas áreas agricultáveis no ano de 2019. De forma geral, em termos de áreas agricultáveis, a microrregião apresentou 49,83% da área total, sendo o Grupo 1, com 70,96, seguida do Grupo 2, com 56,99%, que apresentaram as maiores concentrações de fipronil, e o Grupo 3, com 41,32% de território com atividade agrícola, a qual apresentou, em sua região abrangente, as maiores concentrações de imidacloprido. Em termos de comercialização do imidacloprido, destacaram-se Itaipulândia e Missal, que comercializaram, juntas, 18804,76 kg de imidacloprido para diversas culturas. Já quanto ao fipronil, destacaram-se Terra Roxa e Guaíra, que, juntas, comercializaram 1. 822 kg de fipronil; e o sudoeste de Marechal Cândido Rondon, onde foram vendidos 864 kg do composto. Tal dado coincide com o mapeamento das concentrações na microrregião de estudo. De forma geral, todas as concentrações encontradas, de ambos os compostos, mesmo aquelas consideradas baixas para a pesquisa, ultrapassaram os Limites Máximos de Resíduos fornecidos por órgãos internacionais. Dessa forma, pode-se concluir que a utilização de fipronil e imidacloprido está afetando a qualidade do mel produzido e impactanto todo o sistema de apicultura realizado na região. Então, se não alcançarmos um equilíbrio no uso de defensivos agrícolas, respeitando a extensão de forrageamento das abelhas, vamos não apenas comprometer a atividade apícola, quanto à produtividade e qualidade do mel, mas também ocasionaremos um declínio de colônias de abelhas, gerando um colapso ambiental, que pode afetar todo o sistema de polinização, sustentabilidade e equilíbrio do ecossistema envolvido.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola}, note = {Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas} }