@MASTERSTHESIS{ 2021:121166162, title = {Saúde mental e pandemia: um estudo com os professores do Ensino Fundamental – Anos Iniciais do Município de Cascavel/PR}, year = {2021}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5746", abstract = "A pandemia originada pela COVID-19 desencadeou, nos anos de 2020 e 2021, diversas alterações na realidade brasileira, inclusive nos modos de realização das atividades das instituições escolares. Devido à necessidade do estabelecimento de medidas de isolamento social, o ensino remoto passou a ser o principal meio de exercício das mediações pedagógicas. Considerando as particularidades desse contexto, o presente estudo buscou compreender como o período de pandemia de COVID-19 repercutiu sobre a saúde mental de professores do Ensino Fundamental - Anos Iniciais do Município de Cascavel/PR. Desenvolvemos, para isso, uma pesquisa com três procedimentos metodológicos: revisão teórico-bibliográfica pautada na Psicologia Histórico-Cultural e na Psicanálise; levantamento documental dos principais atos legislativos relacionados ao ensino remoto de Cascavel/PR; e de campo. Para a realização da pesquisa de campo, elaboramos um questionário com questões abertas e fechadas, o qual versou sobre aspectos profissionais e subjetivos vivenciados à época da pandemia. Participaram do estudo 170 professores provenientes de 20 escolas, perfazendo uma amostra de 10,8% da totalidade de profissionais. A partir das respostas colhidas, realizamos a análise dos dados com a intermediação de procedimentos qualitativos, seguindo os passos da análise temática/categorial, e quantitativos, por meio de análise estatística. Para a discussão dos resultados, quatro eixos foram delimitados: atividades profissionais, realidades vivenciadas, impactos sobre o psiquismo dos professores e perspectivas para o pós-pandemia. Seguindo esses eixos, interpretamos as informações com auxílio da revisão teórico-bibliográfica do estudo. Como resultados, foi possível constatar que as atividades profissionais desenvolvidas pelos professores no período de pandemia repercutiram negativamente no aspecto emocional, uma vez que as práticas pedagógicas distanciaram-se da função social da escola (de promover a apropriação do conhecimento dos alunos e do papel de mediação do professor), relacionando-se em maior proporção ao cumprimento de tarefas burocráticas e à reprodução mecânica de conteúdos. Também percebemos um aumento de atividades executadas, não apenas as profissionais, mas também domiciliares e pessoais. Como consequência, eles passaram a apresentar sentimentos de esgotamento e receio do não cumprimento das atividades, tanto em relação aos alunos como a pessoas próximas (filhos e familiares). Esses fatores fizeram com que alguns sintomas fossem desencadeados, principalmente os relacionados à ansiedade (irritabilidade, nervosismo, angústia, sintomas físicos, receio de morrer etc.) e ao humor deprimido (tristeza, baixa autoestima, sentimentos de culpa, desvalia etc.), além de alguns outros variados, como insônia, frustração e ideação suicida. Quase 90% dos professores alegaram ter sentido, de alguma forma repercussões do período de pandemia, tal como a importância da presença física do professor, a influência do estado de saúde mental no desempenho de atividades e a necessidade de apoio profissional. Concluímos, a partir disso, que o período de pandemia de COVID-19 repercutiu sobre a saúde mental de professores em graus variados, a depender da subjetividade de cada sujeito e de como cada um internalizou esses acontecimentos.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }