@PHDTHESIS{ 2021:59831253, title = {Da métrica à estética do cosmos}, year = {2021}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5667", abstract = "O principal objeto de estudo desta Tese de Doutoramento em Geografia, foca o conceito natureza. As investigações partem de estudos teóricos que levam em consideração dois paradigmas, proeminentemente significativos, naquilo que se refere à formalização da cosmovisão Ocidental, a saber: um sustentado por aspectos racionais e pelos números; o outro, embasado em semblantes emotivos e estéticos. O primeiro denota-se cosmo-paradigmaquantitativo. A ele estão ligados os pressupostos epistemológicos que constituíram a Ciência Moderna, as proposições filosóficas do Iluminismo, e importantes acontecimentos históricos do Ocidente, que marcaram a mensuração e a noção de utilidade dos estatutos ontológicos da natureza. O segundo denomina-se cosmo-paradigma-qualitativo. Os conjuntos artísticos dos intelectuais, que pertenceram ao Romantismo Alemão e ao Classicismo, são analisados para destacar os semblantes qualitativos da natureza. Uma das principais marcas do paradigma quantitativo, além da cosmovisão condizente a uma engrenagem mecânica e da noção de utilidade dos recursos naturais para o desenvolvimento técnico-científico-econômico dos países europeus, torna-se a ruptura entre sujeito e objeto, ocasionada pela Matemática, pela experimentação dos fenômenos da natureza e pelo instrumentalismo filosófico da razão. Por outro lado, o paradigma qualitativo almeja o vínculo direto entre sujeito e objeto mediante a contemplação dos fenômenos da natureza, e a valoração das Artes e da Filosofia Estética nas questões relacionadas ao desvelamento dos acontecimentos cósmicos. Em ambos os paradigmas, teorias de conhecidos pensadores, matemáticos, cientistas, e filósofos são trazidas à tona, juntamente com o pensamento literário e artístico de renomados nomes da poesia, da pintura e da dramaturgia Ocidental. As heranças epistêmicas de Copérnico, Kepler, Galileu, Newton, Francis Bacon, Descartes, Diderot, Buffon, Voltaire, Kant, Fichte, Schelling, Schiller, e Goethe, da mesma maneira que o legado artístico de Caspar David Friedrich, Jacob Philipp Hackert, Jacob van Ruisdael, Rebrant van Rijin e Cláudio de Lorena, são resgatadas para assegurar a análise entre o cosmo-paradigma-quantitativo e o qualitativo. Dessa relação, aparecem os protagonistas, os representantes, os protótipos de cada um dos paradigmas: o Homo Faber e o Gênio/Artista. O itinerário histórico e epistemológico, realizado no decorrer dessas argumentações teóricas, ao viabilizar o encontro entre duas maneiras distintas de conceber a natureza, possibilita a fundamentação epistemológica, que tem como objetivo confirmar dois importantes conceitos elaborados pelo autor: conhecimento absoluto e métricanatureza-estética. Levando em consideração os apontamentos empreendidos na primeira e na segunda partes, a terceira, tendo como sustentáculo teórico as obras de Alexander von Humboldt, apresenta uma ideia peculiar de natureza, em que os aspectos quantitativos e qualitativos, a razão e a emoção, por fim, o sujeito e o objeto relacionam-se indissociavelmente, para formalizar uma imagem de natureza íntegra e unitária.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Geografia}, note = {Centro de Ciências Humanas} }