@MASTERSTHESIS{ 2021:1705125208, title = {A reformulação do currículo escolar no estado do Paraná a partir da BNCC: a padronização de aprendizagens e o currículo por competências}, year = {2021}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5663", abstract = "A presente dissertação insere-se na linha de pesquisa “Sociedade, Conhecimento e Educação” e foi desenvolvida com o apoio dos estudos e participação no Grupo de Pesquisa “Representações, Espaços, Tempos e Linguagens em Experiências Educativas” (RETLEE). Esta pesquisa é uma análise das políticas de currículo nacional e do estado do Paraná, construídas a partir da reforma curricular iniciada com a aprovação de Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O objetivo é compreender qual é o caminho traçado por essas reformas para a melhoria da qualidade da educação básica no Brasil e no Paraná. O método utilizado foi a análise documental das políticas de currículo nacionais e estaduais e também de documentos complementares como leis, deliberações, resoluções, instruções normativas etc. O estudo desses documentos foi realizado com base nos conceitos e procedimentos da Análise Textual Discursiva (ATD). Além disso, o entendimento acerca das dinâmicas que envolvem a elaboração, implementação e reinterpretação de políticas educacionais teve como base a abordagem do Ciclo de Políticas. Por meio desta pesquisa, constatou-se que a padronização de aprendizagens e a organização do currículo e do ensino por competências são apresentadas como soluções para melhoria da qualidade da educação e promoção da igualdade. No entanto, isso está permeado por contradições e problemas como: a ausência de um debate sobre a desigualdade social e econômica e seus reflexos no acesso ao conhecimento; a negação do caráter político, histórico e social do currículo e dos processos de ensino e aprendizagem; a centralização curricular e a busca pela homogeneização dos sujeitos a despeito da gestão e do ensino democráticos; a vinculação da padronização com as tecnologias de controle, regulação e burocratização das práticas escolares e com as políticas de avaliação, comparação e ranqueamento de escolas, turmas, alunos e professores; o esvaziamento da importância e da centralidade do conhecimento no currículo e no ensino pelo foco no treinamento de habilidades práticas, cognitivas e socioemocionais mensuráveis para o desenvolvimento do sujeito competente e adaptável às mudanças trazidas pelo neoliberalismo crescente e a extinção de políticas sociais para a redução da desigualdade socioeconômica. Diante disso, chegou-se à conclusão de que essas políticas curriculares têm pouca ou nenhuma capacidade de contribuir com a melhoria da qualidade da educação. Isso porque elas apostam em um modelo de currículo que não auxilia no enfrentamento das desigualdades de acesso ao conhecimento e na luta pela democratização do ensino e da escola pública. Além disso, essas políticas desmobilizam os professores ao imporem, sem debate, mudanças não só no currículo, mas também na gestão, na avalição e na formação, as quais são e precisam ser reinterpretadas pelos sujeitos, a fim de que se tornem alvo de resistência e futura obsolescência. Por fim, constatou-se que tais políticas não representam instrumentos para mudanças qualitativas do processo de ensino e aprendizagem e são somente mais um instrumento para culpar professor e aluno pelo fracasso escolar.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Ciências Humanas} }