@MASTERSTHESIS{ 2021:1171585045, title = {Utilização de creatinina e potássio sérico como ferramenta de busca de fatores que predispõe a ocorrência de IRA e hipercalemia}, year = {2021}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5647", abstract = "No âmbito hospitalar, a ocorrência de eventos adversos a medicamentos (EAM) é frequente, sendo essencial o seu monitoramento para evitar ou reduzir danos mais graves aos pacientes e diminuir o desperdício de recursos. A identificação de um EAM pode ser realizada por meio de rastreadores, os quais são considerados como um método eficaz de monitoramento. Rastreadores são grupos de medicamentos específicos/antídotos, sinais e sintomas ou exames laboratoriais que sinalizam de uma forma pontual o dano ou prejuízo ao paciente. Dentre eles, destacam-se os exames de creatinina e potássio sérico. Em virtude do crescente aumento de pacientes hospitalares com insuficiência renal aguda (IRA) e hipercalemia, o acompanhamento destes exames é imprescindível. Objetivo: Identificar fatores que predispõem eventos adversos renais por meio dos exames de creatinina e potássio sérico. Métodos: Trata-se de um estudo observacional do tipo coorte histórica aplicando-se a técnica de revisão de prontuários, no período de julho a dezembro de 2019 em um hospital universitário de grande porte no sul do Brasil. Os critérios de inclusão foram pacientes acima de 18 anos dos setores de clínica médica/cirúrgica, ortopedia emergencial e ortopedia/neurologia. Foram excluídos pacientes sem resultado de exame de creatinina e potássio sérico, com internação menor que 72 horas, com história prévia de doença renal e transferência para setores não incluídos no estudo. De acordo com os critérios de KDIGO - Acute Kidney Injury Work Group (2012) e European Resuscitation Council Guidelines for Resuscitation (2015), foram identificados os pacientes que desenvolveram IRA e hipercalemia, respectivamente, durante o período de internamento. Foram realizadas as análises estatísticas utilizando o teste de Kolmogorov-Smirnov, Shapiro-Wilk, inspeção de gráfico e correlação de Pearson, considerando estatisticamente significativo p≤0,05 para buscar os fatores que predispõem estas doenças. Resultados: Foram analisados 638 prontuários, dos quais 138 foram excluídos por não cumprirem com os critérios de elegibilidade, restando 500 pacientes para análise. Destes, 29 pacientes desenvolveram IRA durante o período internado, sendo 19 no estágio um, quatro no estágio dois e seis no estágio três. Para hipercalemia, 13 pacientes desenvolveram esse evento, sendo seis em estágio leve, seis moderado e um grave. Dos pacientes que desenvolveram IRA, 72,4% eram do sexo masculino, com idade média avançada de 59,9±15,3 anos, p=0,025 e tempo de internamento com mediana de 11 (IIQ 6), p≤0 e para os que desenvolveram hipercalemia, 53,8% sexo masculino, idade média de 67,2±15,8 anos, p=0,004 e tempo de internamento maior com mediana de 15 (IIQ21), p=0,002. As comorbidades ansiedade e diabetes mellitus (DM) apresentaram-se estatisticamente significativas para o desenvolvimento de IRA e hipercalemia. Os medicamentos relacionados a IRA foram a vancomicina, piperacilina+tazobactam, carvedilol e meropenem e para hipercalemia a espironolactona, ácido acetilsalicílico e carvedilol. Conclusão: Os fatores identificados para predisposição de IRA e hipercalemia foram: sexo masculino, idade avançada, maior tempo de internamento, presença de comorbidades, e o uso de alguns medicamentos. Essas evidências reforçam a importância do acompanhamento de exames séricos e o uso racional dos fármacos no ambiente hospitalar pela equipe de saúde.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas}, note = {Centro de Ciências Médicas e Farmacêuticas} }