@MASTERSTHESIS{ 2021:1632061854, title = {A escrita de si do menino e do jovem Serafim Bertaso: cartas entre o colégio interno e a família (1920-1929)}, year = {2021}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5622", abstract = "Esta dissertação teve como objetivo analisar a infância e juventude de Serafim Bertaso por meio de sua escrita epistolar produzida nos colégios internos e endereçada aos pais. Utilizouse a coleção particular de documentos da família Bertaso, sendo a grande maioria deles constituído por cartas de Serafim e de seus irmãos endereçadas aos pais, e, em menor quantidade, documentos escolares e cartas aos amigos. Serafim Bertaso foi filho do dono da colonizadora Bertaso, Maia e Cia e imigrante italiano, coronel Ernesto Bertaso e da descendente de imigrantes italianos e comerciantes, Zenaide Bertaso, nascida Ballista. Tinha como irmã mais velha a Elza, e irmãos mais novos o Jayme e o Ari. As cartas de Serafim foram escritas nos anos de 1926 a 1929, quando estudava nos colégios internos católicos. Através das análises das cartas e dos outros documentos deste acervo, buscamos visualizar os diferentes espaços de formação, constituição e agência de Serafim. Mais especificamente, buscamos compreender os caminhos trilhados pela família Bertaso para conquistar capital cultural, social e financeiro levando-os a ser tornar uma elite local de Chapecó-SC. Além disso, analisamos como se organizava a família Bertaso, mas especialmente como Serafim se subjetivava, se posicionava e exercia agência dentro do espaço familiar. Finalmente, focamos na subjetividade de Serafim dentro do cotidiano escolar, já que viveu muitos anos de sua infância e adolescência em colégios católicos conservadores, destinados às elites, nos quais a vigilância e controle dos corpos, a emulação e premiação faziam parte do cotidiano dos alunos e reforçavam ideais das elites, trabalho contínuo e superação. Consideramos as idades para realizar as análises e compreender a atuação e subjetivação de Serafim, como também consideramos a escrita de si na escrita epistolar como espaço de reflexão e construção de subjetividade diante do outro. No âmbito familiar percebemos desde uma ampla mobilização das redes sociais por parte dos pais de Serafim, como também o alto investimento na educação dos filhos e filha, destinando-os a escolas particulares em regime de internato. Percebemos que a agência de Serafim ocorreu de formas diferentes entre a sua infância e adolescência. No espaço escolar percebemos como Serafim desenvolve agência diante das normas e como ela é permitida por ser um menino e jovem das elites. Além disso, notamos diferentes identidades narrativas construídas por ele a cada um de seus correspondentes ao longo dos anos. Nas cartas aos pais Serafim se preocupava em relatar seus desenvolvimentos escolares e bom aproveitamento do investimentos da família. Conforme o passar dos anos, Serafim desenvolve técnicas de escrita para agradar e se posicionar diante dos pais, desenvolve gostos e, diante dos aprendizados escolares, passa a incorporar comportamentos e condutas condizentes às masculinidades destinadas aos homens das elites em Santa Catarina.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras} }