@PHDTHESIS{ 2021:718671907, title = {Capacidade governativa e desenvolvimento socioeconômico: o caso do Acre e Rondônia}, year = {2021}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5570", abstract = "As novas alternativas de desenvolvimento baseadas nos valores locais no Brasil é um tema de extrema importância no atual contexto socioeconômico da Amazônia brasileira. O recorte geográfico desta pesquisa compreende as Regiões Geográficas Imediatas do IBGE e seus respectivos polos regionais localizados nos estados do Acre e de Rondônia. Nessas espacialidades, a acomodação dos interesses das elites econômicas e políticas com os das comunidades locais nem sempre convergem. Isso faz com que o desenvolvimento nesses territórios seja um processo lento até que novas iniciativas e alternativas se tornem efetivas para cada lugar. Nesse ambiente, as possibilidades de desenvolvimento passariam pela ampliação da capacidade governativa do setor público, das iniciativas locais e da capacidade organizacional dos agentes regionais. Essa conjuntura é a raiz da persistência de desafios que caracterizam esses estados como tradicionais espaços de desigualdade socioeconômica. O objetivo geral desta tese é analisar comparativamente, por meio de dois novos índices, Índice de Capacidade Governativa (ICG) e Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (IDSE), a capacidade de gestão pública e o nível de desenvolvimento socioeconômico, entre os anos de 2000 e 2018. Para o alcance dos objetivos propostos, utilizaram-se 58 variáveis, tipificadas como qualitativas e quantitativas de contagem simples, para caracterizar os dois modelos de desenvolvimento, um baseado em uma visão exógena de território e o outro, numa visão endógena. Com o emprego do método Deplhi, avaliaram-se as iniciativas locais e a capacidade organizacional com relação à percepção dos atores regionais sobre os resultados dos dois índices propostos. As contribuições da análise das capacidades governativas sugerem que o baixo grau de participação da sociedade nas arenas decisórias de formulação de políticas públicas decorre da inexistência de instrumentos de gestão e planejamento, fator que pode ter influenciado no apro¬fundamento das desigualdades sociais na maioria das regiões imediatas acreanas e rondonienses. Quanto aos principais resultados, chegou-se à conclusão de que, em Rondônia, o tamanho de seu mercado consumidor e sua posição geográfica contribui para uma alternativa viável, decorrente do ciclo econômico agrícola, e com isso passou a direcionar o processo produtivo para a exportação, como viabilidade econômica para o estado. No caso do Acre, o viés da sustentabilidade ambiental, como diretriz institucional, afetou fortemente o resultado econômico do sistema agrícola que o ajudou a reforçar a dependência dos retornos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). As regionais de Vilhena (RO) e Brasiléia (AC) são apropriadas para exemplificar aspectos relevantes da manifestação endógena e da racionalidade sobre a qual o sistema de governança constituído adicionaram efeitos positivos no desenvolvimento dessas regionais. O trabalho de campo revelou que, em Rondônia, as organizações coletivas, em decorrência de suas desarticulações, não são reconhecidas como um instrumento para a promoção do desenvolvimento regional. No Acre, as condições sociais e econômicas herdadas permitiram formar uma organização social coletiva em prol do desenvolvimento (Fórum de Desenvolvimento Regional), a qual engloba agentes públicos e agentes privados que buscam construir uma agenda de mudança com base nos valores locais. Evidenciou-se, também, que alternativas vislumbradas em prol do desenvolvimento são plausíveis desde que avancem no sentido de agregar os valores locais.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio}, note = {Centro de Ciências Sociais Aplicadas} }