@PHDTHESIS{ 2021:2128534704, title = {Turismo e desenvolvimento econômico regional}, year = {2021}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5424", abstract = "Desde 2004 o planejamento do turismo no Brasil é pautado pelo Programa de Regionalização (PRT), que tem por objetivo implementar uma gestão pública descentralizada, na lógica de que a cooperação entre os municípios pode gerar resultados mais efetivos em relação as ações isoladas em cada localidade. A premissa do programa é estruturar e diversificar a oferta turística para ampliação da cadeia produtiva do setor, com base na inserção socioeconômica da população local, especialmente na geração de empregos. Em contradição, a revisão de literatura sobre a temática investigada em diferentes regiões do país apontou que o PRT não apresenta os resultados esperados, como também não instituiu um modelo de avaliação e monitoramento para as regiões turísticas. Diante do exposto, o objetivo geral da tese foi analisar o PRT como estratégia de desenvolvimento do setor na Região Turística Cataratas do Iguaçu e Caminhos ao Lago de Itaipu/PR (CCLI), localizada na Região Geográfica Oeste do Paraná e formada por 19 municípios. Como aporte teórico foram selecionadas três teorias de desenvolvimento econômico regional que sustentaram as análises: Teoria dos Encadeamentos (HIRSCHMAN, 1961); Teoria da Causação Circular Cumulativa (MYRDAL, 1968) e Teoria de Base de Exportação (NORTH, 1977). A partir do método de triangulação, com os sujeitos representados pelo Referencial Teórico, Revisão de Literatura e Pesquisa Documental, foram estabelecidas duas Dimensões de estudo, desmembradas em dois Indicadores, representados por doze variáveis. Em relação aos objetivos, a pesquisa se caracteriza como aplicada e descritiva e quanto à abordagem do problema, como qualitativa e quantitativa, com utilização de três técnicas: a) estatística descritiva, para caracterizar o emprego formal nas Atividades Características do Turismo (ACTs) nos municípios da região de 1998 a 2019; b) aplicação de questionário aos gestores municipais de turismo, para investigar aspectos relacionados à gestão do PRT; c) análise hierárquica de cluster, para discutir a formação da região em estudo com uso de novas variáveis. Como resultados da pesquisa qualitativa, foi possível confirmar a inexistência de ferramentas de planejamento, como Inventário Turístico e Plano Municipal de Turismo; falta de mão de obra técnica qualificada na gestão pública municipal; baixo orçamento para o turismo; falta de articulação entre órgãos públicos e privados, em virtude da descontinuidade ou atuação inexpressiva dos COMTURs; pouco apoio dos empresários e da população local; pouca oferta de atrativos turísticos; ausência de um produto regional e de planejamento estratégico, além da falta de integração entre os municípios. De acordo com os gestores respondentes da pesquisa, os benefícios do PRT se resumem às ações de marketing realizadas pela Instância de Governança Regional (IGR) e pelo recebimento de recursos do MTur. Os municípios ainda não compreendem sua função na região, até mesmo porque ficou evidente que o turismo não é um setor prioritário. A técnica de estatística descritiva demonstrou crescimento anual de 4,18% nos empregos formais nas ACTs na região em estudo e de 3,94% nos estabelecimentos nas ACTs, entre 1998 e 2019. No entanto, a participação dos empregos formais e dos estabelecimentos nas ACTs nos municípios apresentaram baixa variação no período de vigência do PRT, entre 2004 e 2013, sendo que os percentuais de crescimento, majoritariamente, foram menores que 10%. O QL indicou redução no número de municípios especializados em turismo, sendo identificados seis em 1998 e três em 2019. O município que apresentou melhor desempenho em todas as variáveis (empregos, estabelecimentos e QL) foi Guaíra, com crescimento relativo maior que Foz do Iguaçu. A análise hierárquica de cluster utilizou a medida de Distância Quadrática Euclidiana e o método Ward, que indicaram a formação de seis clusters, que posteriormente foram analisados pela classificação da Política de Turismo do Paraná em municípios turísticos e com potencial turístico. O resultado das variáveis selecionadas para 2019 indicou Foz do Iguaçu como município turístico e Céu Azul; Entre Rios do Oeste; Guaíra; Itaipulândia; Marechal Cândido Rondon; Medianeira; Santa Helena e Santa Terezinha de Itaipu como municípios com potencial turístico. Assim, a região seria formada por nove localidades, e não 19 como apresenta o MTur, sendo que os demais municípios não apresentam relevância nas variáveis, portanto, sem necessidade de permanecer no Mapa do Turismo Brasileiro. Tais resultados podem contribuir para otimização dos recursos públicos, distribuídos aos municípios inseridos em regiões turísticas.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio}, note = {Centro de Ciências Sociais Aplicadas} }