@MASTERSTHESIS{ 2021:1483546524, title = {Fatores sociodemográficos, comportamentais, características obstétricas e de assistência à saúde associadas com baixo peso ao nascer: um estudo de caso-controle}, year = {2021}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5392", abstract = "O objetivo deste trabalho foi identificar os fatores associados ao baixo-peso ao nascer (BPN) de recém-nascidos atendidos em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). Há mais de um século, o peso ao nascer é utilizado como um parâmetro de cuidados de saúde e mortalidade infantil. O corte de (BPN), de 2.500 gramas (g) foi descrito pela primeira vez no ano de 1919, quando não havia diferenciação entre prematuridade e BPN. Esta classificação se baseia no risco de morte aumentado em até 20 vezes quando comparado com bebês nascidos com peso superior. Cerca de 20 milhões de bebês nascem com BPN anualmente, no Brasil e no estado do Paraná as taxas médias se mantêm em torno de 9% dos nascimentos. O BPN é um dos maiores responsáveis pela mortalidade infantil, morte neonatal, pelo aparecimento de doenças ao longo da vida do bebê, bem como, é determinante da qualidade dos cuidados com a saúde. O BPN é de caráter multifatorial envolvendo fatores comportamentais, obstétricos e socioeconômicos. O tabagismo, assim como a obesidade e o uso de drogas ilícitas apresentam estreita relação com o BPN, embora sejam fatores passíveis de intervenções. Por outro lado, fatores sociodemográficos favoráveis como a renda, idade da gestante, idade da primeira gestação, número de gestações, escolaridade, ocupação, situação conjugal e social, apresentam forte associação positiva com a qualidade de vida na gestação. A baixa escolaridade representa riscos para o binômio materno-fetal, não apenas quando manifestado pela mãe, mas também pelo companheiro. Contudo, poucos estudos relacionam as influências paternas no desfecho ao nascer. A Assembleia Mundial da Saúde especificou metas para redução da mortalidade infantil, objetivando redução de 4% anualmente e 30% do BPN até 2025. Método: Estudo de caso-controle de base comunitária que analisou dados de 78 recém-nascidos e suas respectivas mães, de um total de 409 díades, usuárias do SUS do município de Francisco Beltrão (Paraná, Brasil), nos meses de julho de 2017 a julho de 2018. Os casos eram bebês com peso ≤2.500g e controles >2.500g. Os bebês foram pareados pelo sexo e data de nascimento. Resultados: Diferenças estatisticamente significativas fortes nas análises bivariadas foram encontradas, onde o número de tabagistas ativas ou que pararam na gravidez, bem como de usuárias de drogas ilícitas foram significativamente maiores entre mães de bebês do grupo caso. Semana gestacional também foi significativamente menor nos casos. Modelos de regressão logística indicaram que semana gestacional (OR=0.04, IC95%: -5.31, -1.31) e IMC pré-gestacional (OR=0.19; IC95%: -70.52, -0.20) foram relacionados a uma menor chance de BPN, enquanto fumar (OR=3.18; IC95%: 19.03, 539.30) foi associado com maior BPN. Diante disso, os estudos e investigações acerca do BPN são de extrema importância para a criação de ações e estratégias em saúde pública. Mesmo sabendo que o BPN inclui uma diversidade de fatores possivelmente causais, entende-se que boa parte deles são passíveis de intervenções pontuais e de caráter preventivo, de forma a minimizar o BPN e assim promover a saúde como um todo.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde}, note = {Centro de Ciências da Saúde} }