@MASTERSTHESIS{ 2021:636172728, title = {Influência dos opioides exógenos na resposta inflamatória aguda no período perioperatório de cirurgia oncológica}, year = {2021}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5372", abstract = "Os opioides são classicamente utilizados para analgesia e anestesia tanto como adjuvantes na anestesia geral quanto na raquianestesia (intratecal) e epidural. Há evidências que estes medicamentos interferem na ativação das células do sistema imune, na angiogênese e na liberação de citocinas, e como podem afetar o curso clínico do câncer, deve-se evitá-los em pacientes oncológicos. Entretanto, ainda há dúvidas sobre os reais benefícios da anestesia livre de opioides. Este trabalho propõe avaliar as alterações na resposta imune celular e humoral pelo uso de opioides no período pré e pós-operatório imediatos em pacientes portadores de neoplasias gastrointestinais, geniturinárias, pulmonares, de mama e retroperitônio. É um ensaio pré-clínico prospectivo, randomizado para uso ou não de opioides na técnica anestésica, realizado no Hospital do Câncer de Francisco Beltrão (CEONC). Os pacientes foram alocados em dois grupos com auxílio da tabela de números aleatórios eletrônica: grupo OP, que recebeu anestesia geral mais epidural com uso de opioide exógeno, e grupo OF, que recebeu anestesia geral mais epidural sem opioide – opioid free. O grupo OF não recebeu analgesia com opioide em nenhum momento entre as coletas, sendo administrados outros analgésicos, como dipirona, paracetamol, anti-inflamatório não esteroidal, clonidina e lidocaína, salvo contraindicações. Foram incluídos 47 adultos, de ambos os sexos, diagnosticados com câncer nas topografias acima citadas, com estado físico P1, P2 e P3 pela classificação ASA (American Society of Anaesthesiologists), agendados para cirurgia eletiva para retirada do tumor no Centro Cirúrgico do CEONC no período entre julho de 2019 a outubro de 2020. Nas amostras de sangue periférico foram realizadas análises comparativas pareadas entre as amostras pré e pós-anestesia dos níveis das citocinas interleucina 4 (IL4), interleucina 12 (IL-12), interleucina 17 (IL-17), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e perfil de lipoperoxidação como indicativo de dano oxidativo. Todos os dados coletados foram digitados em planilha eletrônica e a análise estatística da associação dos dados sociodemográficos foi feita pelo teste de Qui-quadrado de independência, seguido do pós-teste de resíduos ajustados. Para cada citocina foi aplicado o teste ANOVA para medidas repetidas, seguido do teste Tukey-HSD, em caso de significância estatística (p<0,05). A associação entre as diferentes variáveis foi realizada pelo Teste de PERMANOVA, seguido da Análise de Coordenadas Principais (PCoA). A análise descritiva mostrou o perfil dos pacientes, com média de idade de 60 anos, localização predominante gastrointestinal (n=18) e geniturinário (n=16). Comparando-se os dois grupos, houve consumo significante de IL-12 no grupo OF-Pós em comparação ao grupo OF-Pré, sem variação das demais citocinas neste ou nos demais grupos. Houve ainda redução significante na produção de lipoperóxidos nos grupos pós-anestesia, independentemente do uso de opioides. Estes achados demonstraram o impacto agudo na resposta inflamatória dos medicamentos usados na anestesia, que geram consumo de IL-12 e atenuação dos níveis de dano oxidativo nos pacientes com câncer.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde}, note = {Centro de Ciências da Saúde} }