@PHDTHESIS{ 2020:1736666004, title = {O discurso expositivo de um espaço amazônico de educação não formal em ciência e tecnologia: o caso do Bosque da Ciência}, year = {2020}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5337", abstract = "Na Amazônia brasileira há muitos ambientes abertos, com a presença dos elementos naturais e locais, que recebem a população e visitantes que buscam conhecer um pouco da Amazônia, seus valores, problemas, produtos, natureza e cultura. Esse conhecimento se dá por meio do discurso da divulgação científica, a saber, o Discurso da Exposição ou Expositivo (DE) em espaços não formais. No caso da Amazônia, se destacam o elo entre a escola e os elementos identitários amazônicos, veiculados por signos ideológicos e ideologias. Neste estudo, realizamos uma pesquisa em um Espaço de Ciência e Tecnologia - ECT, Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia – INPA, que realiza pesquisa e disponibiliza espaços de visitação pública para divulgação científico ambiental dos seus estudos e de temas importantes para a região. Nosso objetivo foi compreender a concepção ideológica do DE na divulgação de temas amazônicos em Ciência e Tecnologia do Bosque, a partir dos documentos norteadores do espaço e dos colaboradores (servidores e monitores), quando se analisa a construção discursiva arquitetônica desse espaço. Por meio de uma abordagem qualitativa, estruturamos a investigação utilizando a Análise Dialógica do Discurso, ancorada no Círculo de Bakhtin e na interface da percepção sensível e inteligível do ECT, em diálogo com outros teóricos. O levantamento das informações se deu por meio de coleta de documentos, entrevistas guiadas e pelo desenvolvimento de uma proposta de interpretação do DE, mediada por narrativas em três movimentos: a) narrativas documentais contemplando as seguintes esferas: social (criação do Bosque da Ciência), científica (produção de pesquisa), lazer (diversão científico ambiental para visitantes), comunicação e informação (placas e banners presentes no passeio público); b) narrativas dos colaboradores, a saber, sete servidores (técnicos, bolsista e pesquisadores da instituição) e quatro monitores; c) narrativa do DE em uma exposição (estação dos Mamíferos Aquáticos). As narrativas apontaram para uma história de negligência das instituições científicas no Amazonas, que culminou na criação do Bosque como forma de diálogo com populares para conhecimento dos trabalhos do INPA. Foi percebido que os servidores partem de uma ideologia extensionista, com base na qual fundamentam as informações e algumas pesquisas, sem que haja, necessariamente, o diálogo perene com os laboratórios e pesquisadores. O processo de formação dos monitores é feito em curso introdutório, insuficiente, todavia, o bastante para apresentar o espaço destacando o aspecto biótico, sensível e estético dos atrativos. A visão de valores ideológicos presente foi “conservacionista”, com foco biológico (ecocêntrico), sem diálogo com outras visões, tendendo a um discurso autoritário e monológico. O DE presente é ligado ao objeto, em uma relação de alteridade com o visitante, constituindo-se em uma experiência hermenêutica para orientar a interpretação das placas com intenção de conservação. O DE se apresenta focado ou no monitor ou no passeio livre, na interação do objeto e às mídias interpretativas com a intenção educativa científico-ambiental. Destacamos a relevância da discursividade do espaço enquanto aspecto que impacta o projeto de aprendizagem.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Educação Matemática}, note = {Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas} }