@MASTERSTHESIS{ 2020:1310456421, title = {O acesso dos usuários transfronteiriços paraguaios aos serviços públicos de saúde no Brasil}, year = {2020}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5318", abstract = "O estudo do acesso aos serviços públicos de saúde brasileira dos usuários transfronteiriços é relevante para identificar barreiras e elementos que auxiliem na posterior melhoria do acesso e na redução de inequidades sociais e de saúde. O objetivo geral do estudo foi compreender como acontece o acesso dos usuários transfronteiriços paraguaios, aos serviços públicos de saúde no Brasil. Trata-se de pesquisa de natureza qualitativa, de caráter descritivo e exploratório, utilizando, para análise de dados, o referencial teórico do modelo de acesso à saúde de Aday e Andersen (1974) e, para organização de dados utilizou-se o software WebQDA. Para tratamento do material, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo do tipo análise temática de Bardin (2011). Foram realizadas 13 entrevistas semiestruturadas, realizada entre julho a setembro de 2019. Os resultados apontam a procura contínua dos serviços de saúde com a predominância do uso de urgências frente a outros níveis de assistência. O tipo de utilização é curativa, de acordo com o conceito utilitarista. O motivo do acesso é a precariedade e insuficiente infraestrutura do sistema paraguaio e, a proximidade e a gratuidade dos serviços no Brasil. Os usuários percebem boa qualidade técnica dos serviços e bom trato no atendimento, porém tudo é condicionado à posse do cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). As barreiras de acesso identificadas são a documentação exigida a partir da alta burocracia, a falta de informação sobre o acesso, o desconhecimento do direito à saúde, a percepção de discriminação, o longo tempo de espera, a descontinuidade no atendimento pelas mudanças de governo e os critérios aleatórios para o acesso das equipes de saúde. A dificuldade de comunicação é atenuada pelo uso do portunhol. Quem não possui a documentação, utiliza outras vias ou subterfúgios. Percebe-se uma rede de solidariedade na fronteira formada por familiares, conhecidos e, o papel técnico da Casa do Migrante. Entre as considerações, destaca-se que o acesso à saúde do paraguaio transfronteiriço no município está restrito a situações de emergência ou urgência, sem a atuação da universalidade como instrumento de cidadania internacional. Os usuários e as equipes de saúde necessitam estar bem informados sobre os direitos à saúde, garantindo esse acesso. A oferta pelo sistema de informações precisas, acessíveis, disponíveis em espanhol sobre o funcionamento dos serviços e a qualificação das equipes de saúde sobre noções de interculturalidade são recomendações para superar as barreiras de acesso. A intersetorialidade é estratégia chave para diminuir as desigualdades em saúde e, necessita-se da compreensão supranacional para o desenvolvimento de ações orientadas à integração regional em saúde, a partir de acordos de cooperação entre as cidades gêmeas de Brasil e Paraguai, incluindo todos os atores fronteiriços, com abordagens transnacionais que complementem os sistemas de saúde local.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }