@PHDTHESIS{ 2020:1845413068, title = {Fronteiras, vivências e memórias: Moisés Santiago Bertoni e as centralidades}, year = {2020}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5295", abstract = "Esta pesquisa é sobre Moisés Santiago Bertoni, nascido na Suíça em 1857, migrante na Tríplice Fronteira Argentina, Paraguai e Brasil, falecido em 1929 no lado brasileiro, sendo sepultado em solo paraguaio. O Objetivo foi estudar vivências registradas e memórias construídas numa fronteira em disputas pela centralidade no final do século XIX e início do século XX. Foram feitos diálogos, análises e reflexões para conhecer a fronteira a partir de registros de um indivíduo, buscando o geral a partir do particular, dos detalhes, do micro. O fazer investigativo foi sendo desenhado e estruturado a partir do que as fontes foram apresentando, pautado nas contribuições de Ginzburg (1989, 2004, 2007, 2009) e de Beunza (2004, 2019), sendo que os indícios revelados contribuíram para dar sequência aos passos seguintes, permitindo compor as partes da investigação. As fontes privilegiadas foram cartas, imagens, mapas e textos produzidos e guardados por Bertoni e sua família e textos sobre ele, como biografias e matérias em jornais escritos, produzidos após a sua morte. Os textos e dados sobre Bertoni apresentam versões que evidenciam imagens romantizadas e idealizadas, por vezes contraditórias. Permitem conhecer o processo de construção de memórias sobre este migrante da Tríplice Fronteira. Verificou-se que existem interpretações construídas ao longo do tempo que procuram determinar e definir este personagem como sábio, destemido e persistente. Trazem uma imagem positiva, com discurso idealizador e contraditório de um anarquista convicto, de um homem dedicado à ciência e à consolidação da figura de um imigrante que adotou o Paraguai como sua pátria e que dedicou a sua vida para contribuir nos estudos sobre e na busca por uma identidade da terra guarani. Foi possível adentrar na complexidade do que foi e continua sendo a sua figura: um personagem fronteiriço, que soube vivenciar a fronteira em seus múltiplos aspectos, através do estudo e da pesquisa, seja sobre o meio natural ou social, e através da produção e de suas relações comerciais. Visualizou-se a fronteira enquanto um espaço triangular em constante movimento de pessoas, mercadorias, ideias e conhecimentos. Os indícios foram aos poucos desvendando peculiaridades sobre sua trajetória e sobre o mundo que o cercava. Ao montar esse mosaico de memórias a partir da diversidade documental, foram sendo desenhados, sobre o mapa, os traçados que levaram a vislumbrar a centralidade da fronteira. O Rio Paraná foi concebido enquanto cenário central das memórias e vivências de Bertoni e contribuiu para reflexões sobre as várias faces da fronteira.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }