@PHDTHESIS{ 2020:639128751, title = {Transfigurações contemporâneas: cartografia e pluralidade em Robinson Crusoé}, year = {2020}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5289", abstract = "As obras literárias e fílmicas do presente têm o poder de ressignificar as do passado. O imperialismo durante séculos disseminou o pensamento eurocêntrico como forma de perpetuar seu poder, relegando os países colonizados à posição de subalternos, por meio da disseminação de imagens negativas ou distorcidas dos povos colonizados. A partir da segunda metade do século XX, houve mudanças significativas na representação das culturas e seus atores sociais, em um movimento de reflexão e questionamento sobre o passado histórico. O Pós-Modernismo inaugura, portanto, novas formas de pensar o presente e olhar para o passado. A partir desse momento, há uma desestabilização das verdades epistemológicas postas. O Pós-Colonialismo emerge nesse contexto convidando à reflexão sobre o domínio imperialista, procurando contar as mesmas histórias sob pontos de vista diferentes, dando visibilidade àqueles que durante séculos de opressão tiveram sua cultura anulada. Dessa maneira, este trabalho analisou um corpus literário e cinematográfico que contribui para a realização do trabalho de ressignificação do passado. O hipotexto que motiva as reflexões das obras pós-coloniais é As aventuras de Robinson Crusoé (1719), de Daniel Defoe e seus hipertextos datam todos da segunda metade do século XX. As obras literárias, em ordem cronológica, são Sexta-feira ou os limbos do pacífico (1967), do francês Michel Tournier; a obra argentina Adeus, Robinson (1984), de Julio Cortázar; e, por fim, Foe (1986), do escritor sul-africano John Maxwell Coetzee. As obras fílmicas são duas, Man Friday (1975), do diretor Jack Gold, e Crusoe (1988), dirigido por Caleb Deschanel. Com isso, espera-se poder ampliar as discussões sobre literatura e cinema pós-coloniais, procurando mostrar que o eurocentrismo forjou a imagem do povo conquistado de maneira artificial, moldada aos seus interesses, e, ao criar o subalterno, acabou por também criar a sua própria imagem de superioridade. Desse modo, nosso foco foi investigar quais os caminhos trilhados pela literatura e pelo cinema para chegar a uma transcontextualização dos pressupostos cristalizados pelo colonialismo. O estudo se realizou por meio de pesquisa bibliográfica, cuja análise foi guiada pelo método da Literatura Comparada. A teoria que sustenta as análises realizadas durante a pesquisa recorre a estudiosos de literatura, cinema e cultura como Jacques Derrida, Homi Bhabha, Stuart Hall e Ella Shohat, Gayatri Spivak, , Robert Stam, Linda Hutcheon, Néstor García Canclini, Silviano Santiago entre outros. Sendo assim, o estudo discute como as produções artísticas recentes, bem como a teoria e a crítica, têm procurado repensar a realidade, por meio de questionamentos e reflexões, em busca de uma mudança de pensamento.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }