@MASTERSTHESIS{ 2020:1325477060, title = {Gestão de línguas em ambiente empresarial fronteiriço: um estudo de caso na Itaipu Binacional}, year = {2020}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5176", abstract = "Esta pesquisa tem como tema a gestão de línguas em um ambiente de trabalho fronteiriço e possui como cenário a Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional, localizada na fronteira entre Brasil e Paraguai. Construída na década de 1970 e finalizada em 2007, a usina, maior geradora de energia elétrica do mundo, possui funcionários brasileiros e paraguaios, que fazem parte do contexto multilíngue da fronteira trinacional: Foz do Iguaçu (Brasil), Ciudad del Este (Paraguai) e Puerto Iguazú (Argentina). Com o objetivo de contribuir com as pesquisas em Política Linguística realizadas em fronteiras (BERGER, 2015; FIAMENGUI, 2017; DAY, 2013) e a fim de preencher uma lacuna nos estudos em gestão de línguas em ambiente de trabalho, desenvolvidas principalmente no hemisfério norte (ANGOURI, 2013; LADEGAARD; JENKS, 2015; VAN DER WORP; CENOZ; GORTER, 2018), lançamos o olhar às políticas e ações de gestão de língua na Itaipu Binacional. Em um estudo de caso, investigamos as práticas, atitudes linguísticas e estratégias de gestão do multi/plurilinguismo adotadas por funcionários do setor MEG-1, pertencente ao Departamento de Manutenção, utilizando como aporte teórico o modelo de Spolsky (2004; 2009) para análise das políticas linguísticas. Para tanto, adotaram-se como procedimentos metodológicos a análise documental de diretrizes oficiais da usina, que regem sobre o uso das línguas; a observação das práticas linguísticas dos trabalhadores brasileiros e paraguaios no âmbito da MEG-1; e a aplicação de questionários aos funcionários brasileiros, buscando compreender suas percepções em relação às políticas e práticas linguísticas adotadas no ambiente de trabalho, bem como suas atitudes em relação às línguas que circulam na empresa e em seu setor. Em conclusão, compreendeu-se que as políticas linguísticas da empresa, desde sua criação, orientam que as línguas de uso administrativo e, mais tarde, oficiais, correspondem ao português e ao espanhol e instruem apenas no que diz respeito à comunicação escrita e à sinalização de Itaipu. No cotidiano de trabalho, observou-se nas práticas orais diárias dos funcionários da MEG-1 a intercompreensão de línguas próximas, a saber, português e espanhol, como estratégia de comunicação eficaz entre paraguaios e brasileiros, muito embora na percepção dos respondentes do questionário – brasileiros – o senso comum prevaleça e acreditem que o portunhol seja de fato a ferramenta utilizada nas práticas orais entre os empregados. No que se refere às atitudes dos respondentes com relação às línguas portuguesa, espanhola e guarani, as respostas se mostraram neutras. Esta pesquisa se insere no campo de investigação da Política Linguística, sendo pertinente por abarcar questões que são de interesse no escopo das pesquisas de gestão de multi/plurilinguismo em regiões fronteiriças, e revela estratégias de gestão das interações linguísticas no ambiente de trabalho peculiares ao contexto latino-americano, evidenciando ações que podem ser levadas em consideração em estudos futuros.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }