@MASTERSTHESIS{ 2020:885009623, title = {Violência intrafamiliar contra mulheres na perspectiva dos autores em região de fronteira do Paraná}, year = {2020}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5172", abstract = "Objetivo. Compreender a perspectiva de observação e entendimento dos Autores de Violência (AV) intrafamiliar em região de fronteira, sobre esse fenômeno e quais os motivos que os levaram à violência interpessoal no âmbito familiar. Metodologia. Estudo qualitativo, na perspectiva da Fenomenologia Social de Alfred Schütz, realizado por meio de entrevistas, com nove homens AV intrafamiliar que participam do Projeto BASTA, junto ao Patronato Penitenciário Municipal de Foz do Iguaçu-PR. Para a obtenção dos dados, os entrevistados responderam um questionário composto por quinze perguntas norteadoras da pesquisa sobre o tema. Resultados. A partir dos relatos dos participantes foram obtidas três categorias que se referem aos “Motivos Por Que”. A primeira categoria traz o conhecimento sobre a violência intrafamiliar. A segunda categoria trata das relações intersubjetivas, com as seguintes subcategorias: comunicação, afetividade, inter-relações familiares. A terceira categoria apresenta as Ações de cuidado no contexto dos serviços de atendimento aos autores de violência intrafamiliar. Quanto aos “Motivos Para”, as expectativas, obteve-se as seguintes categorias: ‘ressignificação e reaprendizagem da violência intrafamiliar’ e ‘importância das ações de intervenção junto aos seus autores’. Quanto à análise de categorias, para ambos os motivos – Para e Por Que – foi definida constituição específica do tipo de personalidade tendente à violência intrafamiliar. Discussão. Os AV entrevistados na presente pesquisa consideraram que a violência intrafamiliar se dá a partir de fatores externos, tais como: falta de respeito, ciúmes e traição, desigualdade financeira, alcoolismo e dependência de drogas como vazão de sentimentos negativos. A Lei Maria da Penha foi interpretada como aquela que protege a mulher, desconsiderando a bagagem de conhecimentos do agressor como presenciar violência em casa quando criança, e ser agredido pela companheira. Esse grupo social, após participação no Projeto BASTA, tornou-se capaz de ressignificar a violência intrafamiliar por meio de esclarecimentos, atenção recebida, sentindo-se valorizado pela equipe multiprofissional. Espera-se que possa haver mais inserção dos AV por meio de projetos de ressocialização como estratégia de enfrentamento desse fenômeno. Considerações. A pesquisa demonstrou que as medidas socioeducativas possibilitam que penas alternativas contribuam com o rompimento de pensamentos e atitudes machistas para homens inseridos no ciclo da violência intrafamiliar. Assim, um aspecto fundamental é a elaboração e fortalecimento de Políticas Públicas com vistas à inclusão dos AV em programas sócioeducacionais, caminho efetivo para a construção e mudança de novos signos, sentidos e significados de um Mundo da Vida, sem violência intrafamiliar. A educação pode ser um agente transformador da cultura da violência para uma cultura de paz e tolerância.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }