@MASTERSTHESIS{ 2019:773175062, title = {Reconstituição paleoambiental a partir do sinal fitolítico na ESEC Caetetus – Gália (SP)}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5153", abstract = "Uma sólida reconstituição da (paleo)vegetação é essencial para compreender as trajetórias históricas das mudanças climáticas, e para lidar com a natureza e extensão do impacto antrópico sobre os ecossistemas. Estudos referentes aos fitólitos, sobretudo aqueles relacionados à produção dessas biomineralizações, variações de forma e tamanho e a análise/interpretação da assembleia preservada em solos e sedimentos, têm contribuído para a compreensão das variações paleoambientas, principalmente ao longo do Período Quaternário, em diversas partes do mundo. Nesta pesquisa a análise fitolitica foi aplicada em área de preservação ambiental da Floresta Estacional Semidecidual– FES, localizada no interior da Estação Ecológica de Caetetus, no município de Gália, Estado de São Paulo. O estudo foi realizado empregando uma abordagem multiproxy e um conjunto de dados inter-relacionados e complementares. Teve como objetivo organizar a coleção de refêrencia de fitólitos modernos (CRFM) da FES; e entender a trajetória evolutiva e cronológica da vegetação da área da ESEC Caetetus, no Planalto Ocidental Paulistas, durante o Holoceno, visando contribuir para o entendimento da história climática e da vegetação da região, subsídio para preservação desse fragmento de floresta. Foram coletadas amostras de plantas e de solo ao longo de um transecto de 500 metros no interior da floresta. Foi realizada extração de fitólitos nas amostras de planta e de solos para conhecimento da produção fitoltilica da FES e para reconstituição da trajetória da vegetação ao longo do Holoceno na área. Adicionalmetne foram realizadas análises de isótopos de carbono, datação da matéria orgânica e análises físicas e químicas do solo para caracterizar o meio de preservação dos fitólitos. A assembleia obtida em cada espécie de planta e no solo foi observada em microscópio petrográfico (aumento de 40X), fotografados, medidos, descritos e nomeados conforme ICPN 1.0. Foram contados 300 morfotipos com forma identificável, maior que 5μm para as amostras de plantas e 200 morfotipos nas amostras de solo. A CRFM é composta por 66 espécies de plantas representativas dos diferentes estratos da FES. Para esse conjunto, foram contados 10.668 fitólitos e identificados 46 morfotipos. Em 61% das amostras a produção foi classificada como abundante, indicando alto potencial de produção de fitólito pelas plantas da FES. As eudicotiledoneas apresentaram elevada multiplicidade. Os morfotipos globulares (psilate e rugose) e blocks polygonais foram os mais redundantes no conjunto analisado. Nenhum novo morfotipo com significado taxonômico em nível de família ou espécie foi encontrado. Os índices utilizados foram os mesmos sugeridos por vários autores, apenas o índice D/P, sofreu uma adaptação considerando assim, para densidade arbórea os morfotipos globular psilate e rugose. A reconstituição da vegetação da ESEC permitiu identificar que durante o Holoceno inferior prevaleceu na área uma vegetação mais aberta que a atual. Esta vegetação sofreu uma abertura ainda maior durante o Holoceno médio, associada a um período mais seco e quente que o anterior. Essa condição teria permitido a formação de uma vegetação semelhante a de um Cerrado/Cerradão, com importante contribuição de plantas lenhosas. A atual Floresta Estacional Semicidual teria iniciada a sua formação em torno de 1.400 anos cal. AP.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Geografia}, note = {Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras} }