@MASTERSTHESIS{ 2020:598315319, title = {Transtornos mentais e o uso de agrotóxicos em município do oeste do Paraná: um estudo transversal}, year = {2020}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5130", abstract = "O uso de agrotóxicos e seu efeito para saúde humana tem sido um tema de relevância nas pesquisas científicas atuais. Sabe-se que todos eles são potencialmente perigosos e podem causar danos à saúde de pessoas, animais e ao meio ambiente. Estudos têm demonstrado associações entre a exposição aos agrotóxicos e o acontecimento de transtornos mentais. Assim, este estudo tem por objetivo identificar a ocorrência de transtornos mentais na população do meio rural exposta a agrotóxicos no município de Ubiratã – PR. Trata-se de estudo descritivo, quantiqualitativo, de desenho transversal, sendo que a coleta de dados ocorreu entre novembro de 2018 e julho de 2019 mediante aplicação da Ficha Familiar modificada do Protocolo de Avaliações das Intoxicações Crônicas por Agrotóxicos do Paraná a 235 famílias residentes naquele município. Realizou-se ainda, entrevista semiestruturada com 11 familiares de indivíduos que relataram sofrer de transtorno mental e cujos diagnósticos foram confirmados na busca em prontuário eletrônico. Os dados foram analisados por meio dos testes de associação de kproporções e qui-quadrado de aderência. A amostra do estudo foi predominante do sexo feminino (50,57%), na faixa etária até 20 anos (26,9%) seguida pela de 51 a 60 anos (18,71%), ocupação agricultor (24,29%) e com Ensino Fundamental Incompleto (46,44%), que desenvolviam as atividades sem utilização de EPIs (58,92%), sendo que para 13,58% dos participantes esteve presente o transtorno mental. Entre os indivíduos pesquisados, verificou-se associação positiva de transtornos mentais com as seguintes variáveis: sexo feminino; desempregados e aposentados; não utilização de EPIs; trabalho nas culturas de algodão e feijão e nas atividades de lavagem de roupa, colheita e carga e descarga; ter sofrido intoxicação aguda prévia, especialmente mais de 10 vezes; e com os agrotóxicos Glifosato, Monocrotofós, Paration e Profenofós com Cipermetrina. As entrevistas revelaram que os sujeitos se dedicaram as atividades agrícolas por períodos prolongados, não utilizavam EPI e não percebem que o uso de agrotóxico pode desencadear o desenvolvimento de transtornos mentais. Este estudo mostrou que a exposição a agrotóxicos, seja de forma direta ou indireta, pode contribuir para o adoecimento mental dos indivíduos. Almeja-se, por meio da apresentação destes dados, fortalecer e incentivar a implementação das políticas públicas de atenção às populações rurais expostas a agrotóxicos. Finalmente, estes dados tornam-se úteis para reforçar os achados de outros estudos que evidenciam os malefícios do uso abusivo de agrotóxicos e sua associação com os transtornos mentais.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde}, note = {Centro de Ciências Biológicas e da Saúde} }