@MASTERSTHESIS{ 2020:1844231936, title = {Cidadania e saúde no lugar: concepções de formadores de opinião na fronteira internacional entre Brasil, Paraguai e Argentina}, year = {2020}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5098", abstract = "Os territórios de fronteira internacional estiveram à margem de ações longitudinais efetivas no âmbito da gestão, da política e do planejamento em saúde. Alguns projetos pontuais foram implementados em temporalidades de curto período, sem grandes repercussões na organização, no fluxo de atendimento e no acesso as redes de atenção em saúde municipais. No caso de Foz do Iguaçu, soma-se à complexidade territorial - estar numa tríplice fronteira - a imensa diversidade populacional e cultural, uma atenção primária seletiva e grande diluição dos equipamentos de saúde pelo território, além de uma vigilância em saúde com características fragmentadas. Estas variáveis dificultam um efetivo debate em torno do direito à saúde e do próprio exercício da cidadania em região de fronteira. Com base nestas considerações, definiu-se como pergunta de pesquisa: Como formadores de opinião da região de fronteira trinacional entre Brasil, Paraguai e Argentina compreendem e representam a categoria cidadania e o direito à saúde neste território? A pesquisa, de abordagem qualitativa, teve por objetivo geral identificar como a categoria cidadania e o direito à saúde se expressam no território de fronteira internacional entre Brasil, Paraguai e Argentina. E como objetivos específicos: (1) Analisar a compreensão de formadores de opinião que vivem no lugar, acerca da cidadania e do direito à saúde na região de tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai; (2) Identificar possíveis consequências decorrentes de uma noção restrita de cidadania neste lugar e (3) Apontar estratégias para o enfrentamento das barreiras visando o pleno exercício do direito à saúde na fronteira. Para dar conta destes objetivos foram realizadas entrevistas em profundidade com formadores de opinião (jornalistas, trabalhadores da saúde pública, líderes de movimentos sociais e professores universitários). As entrevistas foram realizadas no período de setembro a dezembro de 2019 com duração de aproximadamente 40 minutos. Após a transcrição as narrativas foram sistematizadas em núcleos temáticos, emergindo seis núcleos: (1) “O sujeito e seu sentido de cidadania em contexto histórico na fronteira trinacional”, (2) “O sujeito e seu sentido de cidadania em contexto empírico na cidade de Foz do Iguaçu”, (3) “O sujeito e seu sentido de cidadania em contexto social no território transfronteiriço”, (4) “O direito a saúde no território fronteiriço: múltiplas representações sociais”, (5) “O (des)conhecimento e a dialética sobre a legislação e o acesso a saúde de cidadãos transfronteiriços”; e (6) “A superação de obstáculos: possibilidades e contradições discursivas”. Os resultados foram apresentados em dois artigos que compõe esta dissertação, utilizando-se como referenciais teóricos a hermenêutica dialética e a Teoria das Representações Sociais. Os resultados indicam que os direitos de cidadania não são assegurados a todos os cidadãos no território trinacional, coexistindo relações hierárquicas de cidadania e uma diversidade de entendimentos quanto ao gerenciamento da cidadania nesta territorialidade. Conclui-se que a compreensão da fronteira como espaço de integração e não de divisão pode romper com a ideia axiomática da subcidadania, estreitando os laços humanitários e de solidariedade entre as sociedades fronteiriças. Na concepção progressista dos formadores de opinião, a saúde apresenta-se como categoria analítica de difícil operacionalidade e é vista como um direito humano, conquanto que, para a concepção conservadora, mutila-se a cidadania e nega-se a atenção ao cuidado nos serviços de saúde da cidade.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }