@MASTERSTHESIS{ 2020:952499172, title = {Adaptação transcultural e validação do instrumento Parental Health Literacy Activities Test (PHLAT)}, year = {2020}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5078", abstract = "O adoecimento infantil é fator que impacta na vida de uma criança, tendo em vista as alterações nas condições de saúde e bem-estar, as mudanças na sua rotina e da família e a vulnerabilidade própria da idade, muitas vezes, associada à vulnerabilidade social da família. Nesse sentido, quando a família procura auxílio das equipes de saúde, para atender as demandas de cuidado de sua criança doente, é importante a comunicação eficiente entre os profissionais de saúde e os pais/cuidadores, de modo a manter estes informados e orientados quanto ao tratamento, aos procedimentos, à terapêutica e às dúvidas sobre o cuidado. Para avaliar se essa comunicação está sendo eficiente, na prática diária, apresenta-se a necessidade de instrumentos de avaliação que possam mensurar o nível de Letramento em Saúde de pais/cuidadores de crianças, que buscam atendimento de saúde na atenção primária. Entretanto, os instrumentos avaliativos, amplamente utilizados no exterior, não se encontram disponíveis para essa população no Brasil, embora já sejam utilizados para outros grupos etários e no seguimento de condições crônicas e adesão terapêutica. Assim, partir de instrumentos que permitam sintonias transculturais, realizar a adaptação de instrumento existente, para a realidade local, permite suprir essa lacuna encontrada. Objetiva-se, então, realizar a tradução, adaptação cultural, validação psicométrica e aplicação do instrumento Parental Health Literacy Activities Test (PHLAT), para pais/cuidadores que buscam atendimento na unidade de atenção primária. O estudo delineia-se como estudo metodológico, seguindo as etapas de tradução, síntese, retrotradução, análise por comitê de juízes, pré-teste, teste/reteste e aplicação de testes estatísticos para avaliação das propriedades psicométricas e obtenção da sua versão para o português do Brasil. O pré-teste foi realizado com amostra de 31 familiares, o teste e reteste com 93 e para validação clínica foi aplicado a 302 familiares, segundo cálculo amostral. Foi desenvolvido em unidades de atenção primária do município de Toledo, Paraná. A análise estatística inferencial foi aplicada para verificar a validade e confiabilidade do instrumento para as fases realizadas. Na avaliação de validade de conteúdo, realizada pelo comitê de juízes, observou-se uma taxa adequada de concordância para o consenso de tradução de 100%. Na avaliação da confiabilidade, após a aplicação do instrumento no pré-teste, a consistência interna medida pelo Alfa de Cronbach foi de 0,73 e, no teste-reteste, foi de 0,69. A avaliação da confiabilidade do instrumento quanto à estabilidade, mensurada pela correlação intraclasse, foi de 0,865, com intervalo de confiança de 95%, ambos demonstrando confiabilidade substancial. O instrumento foi considerado adequado quanto à sua adaptação cultural e validação para o português do Brasil, e confiável para a aplicação entre cuidadores/familiares. Na validação clínica, a validade de constructo, mensurada pela análise fatorial confirmatória, demonstrou equivalência do instrumento com a original, mantendo-se em uma única dimensão. A confiabilidade foi mensurada pelo Kuder-Richardson, com valor de 0,70. Responderam às questões do PHLAT, de acordo com o esperado, pois 67,4% dos participantes, portanto, a maioria dos cuidadores, teve letramento funcional em saúde satisfatório. No entanto, somente 39,7% conseguiram preparar uma mamadeira para reidratação oral e 42,1% dariam o medicamento comprado na farmácia, por conta própria, para a criança; 37,1% foram capazes de ler corretamente um termômetro para determinar se devem ligar para o pediatra, após receberem uma temperatura específica para usar como parâmetro para a febre. Destarte, 97,7% interpretaram corretamente informações da especificidade do medicamento, contidas na caixa oferecida; 87,1% responderam adequadamente quanto ao tempo correto dos intervalos entre mamadas, após receberem um folheto com orientações sobre aleitamento materno. As mães (92.4%) foram identificadas como as principais cuidadoras. Completaram o ensino médio 53,6% e 24,5%, o ensino superior/pós-graduação. A renda prevalente foi de até dois salários mínimos. A idade média dos cuidadores foi de 28,3 anos e 55,3% deles relataram procurar exclusivamente a unidade de atenção primária para assistência à saúde da criança. Maior renda e mais anos de escolaridade influenciaram em melhores resultados de letramento em saúde. Desse modo, o estudo contribui com um instrumento confiável de verificação do Letramento em Saúde para familiares de crianças menores de um ano, inédito no Brasil, útil para profissionais da atenção primária, possibilitando medir o nível de entendimento das famílias sobre as orientações terapêuticas e de cuidado recebidas. A falta de letramento adequado é uma adversidade coletiva, enfrentada pela estimulação da comunicação, de forma clara, entre equipe de saúde e pais/cuidadores, ação que poderá reduzir os impactos nas condições de saúde da criança.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde}, note = {Centro de Ciências Biológicas e da Saúde} }