@MASTERSTHESIS{ 2020:2115785555, title = {Estudo epidemiológico retrospectivo do câncer infantojuvenil na região de Cascavel-PR por um período de 15 anos}, year = {2020}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5054", abstract = "O câncer infantojuvenil (CIJ) apesar de raro quando comparado ao do adulto, representa a principal causa de morte infantil por doença no Brasil. A doença é tratada por terapias antineoplásicas que têm como alvo as células malignas, preferencialmente aquelas em fase de mitose. E, como as células da mucosa oral das crianças e adolescentes estão em estado semelhante, manifestações bucais indesejadas podem ocorrer. O objetivo deste estudo epidemiológico retrospectivo foi avaliar prontuários de pacientes com até 19 anos atendidos no Hospital de Câncer de Cascavel UOPECCAN entre os anos de 2000 a 2014 e verificar quais deles foram atendidos pela Odontologia. Coletaram-se informações dos seguintes desfechos: gênero, idade, cor/raça e comorbidades do paciente, histórico familiar de câncer, situação do domicílio, tipo da neoplasia, tratamento, metástases no diagnóstico, recidivas e a situação do paciente (ao final do período da coleta). Além daquelas referentes ao exame clínico odontológico. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, quiquadrado e sobrevida (Kaplan-Meier). O gênero masculino (55,22%), a faixa etária de 1 a 4 anos (36,32%), cor/raça branca (87,06%) e o domicílio urbano (81,59%) foram os mais prevalentes. Em 95 casos (47,03%) não havia relato sobre o histórico familiar de câncer e 58,91% negaram comorbidades. A leucemia foi a mais prevalente (35,83%), seguida dos linfomas (14,42%) e tumores renais (8,46%). A metástase estava presente em 16,41% dos pacientes e 22,38% tiveram recidiva. A maioria fez quimioterapia isolada (50,25%) ou associada a outra terapia. O teste qui-quadrado mostrou maior prevalência de pacientes >10 anos com linfomas/neoplasias reticuloendoteliais (p=0,0003) e outras neoplasias epiteliais malignas/melanomas (p=0,003); e, nos <10 anos, com tumores renais (p=0,01) e neuroblastoma/outros tumores de células nervosas periféricas (p=0,01). Observou-se associação entre situação do paciente com metástase (p=0,01); recidivas (p=0,0004) e estadiamento clínico (p=0,0004). As sobrevidas global e livre de doença (em 5 anos) foram, respectivamente, 70,3% e 71,63%. Dos 201 pacientes, apenas 100 foram atendidos pela Odontologia. Quanto ao exame clínico odontológico, 86 (86%) dos pacientes apresentavam alguma manifestação oral, alterações ligadas a higiene oral, infecções e/ou alterações associadas a dentadura mista. As mais prevalentes em cada um desses tópicos foram, respectivamente: mucosite (34; 34%), gengivite (9; 9%), gengivoestomatite herpética (11; 11%), cárie (33; 33%) e exfoliação do dente decíduo (8; 8%).Conclui-se que os pacientes apresentaram o mesmo perfil demográfico já reportado na literatura, mas os fatores etiológicos foram particularmente relacionados a região geográfica estudada. Esse estudo demonstra a importância da correta avaliação odontológica para prevenção e tratamento dos pacientes com CIJ, visto que alterações na cavidade oral podem levar ao comprometimento do quadro sistêmico deles.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Odontologia}, note = {Centro de Ciências Biológicas e da Saúde} }