@MASTERSTHESIS{ 2020:436572382,
 	title = {A boniteza do fazer juntos: pesquisa-ação como possibilidade para o protagonismo da professora, dos alunos e dos moradores da Marmelândia-Paraná},
 	year = {2020},
 	url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4949",
 	abstract = "Este trabalho procurou desenvolver, juntamente com os alunos do 9º.
 ano do Ensino Fundamental, na escola pública do campo, local onde trabalho, uma
 pesquisa-ação que buscou dar visibilidade às práticas culturais e saberes locais dos
 moradores da comunidade da Marmelândia, oportunizando práticas de
 multiletramentos. Assim, desenvolvi, juntamente com os alunos, um Projeto de
 Multiletramentos intitulado “A Boniteza do Fazer Juntos”, o qual nos oportunizou o
 registro, por meio do gênero discursivo memórias literárias, as narrativas orais sobre
 a história de vida dos moradores da Marmelândia e a elaboração de um
 documentário sobre as memórias dos moradores da comunidade, para ser
 apresentado à comunidade local e à escola, em um momento cultural. Quanto à
 metodologia, adotei a abordagem qualitativa/interpretativista, o uso da etnografia e,
 com base na pesquisa-ação, que busquei descrever os métodos e a geração de
 dados deste estudo. Assim, destaquei que os dados foram gerados por mim e pelos
 alunos, enquanto sujeitos ativos da pesquisa. Utilizamos, para isso, o “diário de
 campo”, a observação participante, as entrevistas abertas e a escuta das narrativas
 orais dos moradores negros, as quais foram gravadas em áudio e vídeo e
 fotografadas. A base teórica que a fundamentou foi a pedagogia da autonomia de
 Paulo Freire (1996); os gêneros discursivos, Bakhtin (2011); letramentos, Kleiman
 (2009), Tinoco (2014), e Rojo (2002); multiletramentos, Rojo (2012); a pedagogia
 culturalmente sensível e pesquisa-ação, Bortoni Ricardo (2008); entre outros. A
 pesquisa ora apresentada foi resultado das minhas inquietações como professora de
 escola pública do campo. Foi, também, resultado de um trabalho coletivo, junto de
 colaboradores, com os alunos do 9º. ano e com os moradores negros da
 Marmelândia. Partindo do presente estudo, foi possível afirmar que os saberes
 locais e as práticas culturais desses moradores contribuíram para os
 multiletramentos dos alunos do 9º. ano da escola pública do campo, pois os mesmos
 estiveram envolvidos constantemente no processo de ensino e aprendizagem. A
 interação entre todos possibilitou a sensibilização dos sujeitos da pesquisa e a
 percepção do valor desses sujeitos, por meio de cujas memórias deu-se a feitura
 das produções discursivas das memórias literárias e do documentário. Além disso,
 as ações pedagógicas representaram, para os sujeitos negros, rememorar o próprio
 passado, revisitar-se, buscar as suas origens, tracejar os lugares até sua chegada e
 permanência em Marmelândia, evidenciando ali processos de exclusão social,
 preconceitos, trabalho temporário, a falta de ou a pouca terra e, principalmente, o
 sentido do rio Iguaçu e de suas margens nas suas vidas. Por meio de práticas de
 multiletramentos foi possível uma relação dialética entre comunidade e escola, não
 existindo um processo hierárquico de ensino e aprendizagem entre os sujeitos
 desses dois espaços. Ao contrário, esses sujeitos se complementam e se
 (re)conhecem nesses gêneros discursivos e também proporcionaram a
 desterritorialização dos conhecimentos e a descentralização dos saberes
 pedagógicos vivenciados.",
 	publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná},
 	scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras - Mestrado Profissional},
 	note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes}
}