@MASTERSTHESIS{ 2020:51797169, title = {Resistências, poderes e transgressões: discursos de cantoras de rap de São Paulo/SP}, year = {2020}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4848", abstract = "Esta pesquisa tem como finalidade tratar sobre os discursos de gênero e diáspora em músicas de rap, compostas por mulheres negras na cidade de São Paulo/SP, entre os anos de 2010 a 2018. Para isso, se inscreve no campo da Análise dos Discursos, com a orientação dada pelo filósofo Michel Foucault, com ênfase na teoria arquegenealógica de análise, relacionada ainda aos Estudos Culturais na vertente pós-estruturalista. Com essa base, e partindo da constatação de que há uma regularidade nas temáticas das canções das mulheres do rap, na medida em que assuntos ligados às questões do ser mulher negra, em suas mais diversas vertentes e interseccionalidades, adquirirem centralidade no elemento musical da cultura hip hop, fixamos como problema a indagação de como as relações de poder e saber relacionados aos discursos sobre gênero e diáspora se objetivam e materializam nas músicas de cantoras de rap de São Paulo? O objetivo geral, para tanto, foi analisar os enunciados, materializados nas letras das compositoras/rappers de São Paulo/SP, entre os anos de 2010 a 2018, e, a partir das canções, entendermos como esses discursos são construídos e replicados e o que eles dizem sobre as temáticas voltadas à diáspora e gênero. Os objetivos específicos, por sua vez, foram: a) entender como o rap, elemento musical componente do hip hop, se consolidou histórica e discursivamente enquanto um campo discursivo, por onde transitam diversos enunciados de resistência; b) aproximar as vivências das cantoras com os momentos históricos que definiram o hip hop e o rap, e como elas se subjetivam enquanto sujeitos do discurso; c) classificar as séries enunciativas, a partir das letras das canções, em que constem discursos ligados à diáspora e gênero. Para isso, buscamos compreender a música enquanto espaço para materialização dos discursos, nos quais as cantoras ocupam espaços de sujeitos, e por meio de suas enunciações, apresentam as relações de poder e saber vigentes. Os procedimentos e técnicas eleitos foram basicamente análises bibliográficas sobre o tema, entrevistas semiestruturadas realizadas com os sujeitos (cantoras de rap – Luana Hansen, Negra San, Sharylaine e Pamelozza). Alguns dos autores utilizados na investigação foram: Foucault (1974, 1977, 1979, 1984, 1992, 1995, 1996a, 1996b, 1999a, 1999b, 2000 2001, 2008, 2010a, 2010b, 2002), Hall (1997, 2000, 2001, 2003, 2006, 2009), Veiga-Neto (1996, 2000 e 2006), Louro (1997), Fischer (1996, 2001) e Silva (2009 e 2010). Com isso, o trabalho foi estruturado em um prólogo e uma introdução, bem como outras três seções, nas quais, após a apresentação do aporte teórico utilizado na primeira seção, foi debatido sobre o retrospecto histórico da cultura hip hop na segunda, e na terceira se operaram as visões sobre as séries enunciativas, sendo que, para tanto, os enunciados foram organizados em 03 (três) grupos temáticos, cada com 03 (três) séries enunciativas, e partir deles foram discutidos diversas temáticas, entre elas, feminismo negro, racismo, diáspora, estéticas, entre outros. Ao final, pode-se concluir que as canções analisadas contêm potentes discursos de resistência, os quais fazem aparecer diversas relações de poder e saber que demarcam a vida e os corpos das mulheres entrevistadas.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Ciências Humanas} }