@MASTERSTHESIS{ 2019:1147638068, title = {O acompanhante especializado na inclusão escolar de autistas: contribuições psicanalíticas}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4835", abstract = "O estudo tem por objeto a práxis do acompanhante especializado na inclusão de aluno autista. O objetivo principal foi investigar as contribuições da psicanálise para a práxis desse profissional. Pautamo-nos em investigar como a práxis do profissional acompanhante, na Educação Inclusiva do autista, pode contribuir para constituição do sujeito, no autismo. Realizamos uma revisão bibliográfica em teses, dissertações e artigos, disponíveis nas bases científicas de dados nacionais da BVS-PSI, Bireme, Lilacs, SciELO, CAPES, PEPSIC e BDTD, acerca da temática Acompanhante Especializado, Professor de Apoio, Profissional de Apoio, Autista, Autismo, Educação Inclusiva e Psicanálise, entretanto, não identificamos pesquisas que discutiam o nosso objeto de estudo à luz da psicanálise. Tomamos como referencial teórico-metodológico, o materialismo histórico-dialético, a fim de identificar e analisar as contradições, possibilidades e limitações do Sistema Educacional Brasileiro, no que tange às políticas públicas de inclusão do aluno autista. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que faz análise documental da atuação do acompanhante, na inclusão escolar do autista. Traçamos a trajetória histórica-social dos processos de inclusão do autista no Sistema Regular de Ensino Brasileiro, com intuito de compreender como se materializou o pensamento hegemônico sobre o autismo na Educação Especial, o qual passou a ter como base o saber médico. Deste modo, investigamos como que no decorrer dos tempos, as produções de conhecimento sobre a deficiência mental, no campo do saber médico, foram contribuindo para que as concepções biologistas, acerca do autismo, fossem se tornando hegemônicas, no campo educacional. Observamos que o discurso hegemônico, pautado no saber médico, acerca do autismo, funciona como uma ideologia, uma vez que sob o disfarce de questões neurobiológicas, oculta a importância do social para o desenvolvimento humano do autista. Abrangemos o autismo como uma categoria ontológica, a partir de uma perspectiva permitida pela psicanálise. Assim, investigamos como ocorre a constituição do sujeito, no autismo, com intenção de compreender o modo de ser do autista, identificando na relação acompanhante-aluno autista, condições para a constituição subjetiva desse aluno. Percebemos, que no autismo, a constituição do sujeito, falha. Como consequência, para o autista, há ausência de registro simbólico na linguagem, o que o impede de ser lançado no mundo da comunicação. Esta falha, além dos aspectos genéticos e neurobiológicos, ocorre também em decorrência do não reconhecimento primordial entre mãe e filho. Para que este reconhecimento aconteça, necessário é, que alguém empreste seu desejo, de modo que os traços e signos que este oferece sejam acessíveis ao autista. Na escola, sugerimos que, deve ser esta, a primeira função do professor acompanhante, que este empreste seu desejo e, com esforço, ultrapasse sua mera função de cuidador e/ou mediador, esticando suas funções até o ponto em que o aluno autista possa se reconhecer nele. Apresentamos, portanto, neste estudo, possibilidades desse reconhecimento acontecer na relação acompanhante-aluno autista. Os resultados apontam que o reconhecimento do autista no acompanhante possibilita a aprendizagem. Nesse sentido, defendemos uma educação que reconheça os autistas como sujeitos de linguagem, que vise superar o ensino, atualmente, centrado no modelo hegemônico médico-pedagógico, que tem como base o biológico para explicar o fracasso escolar.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Ciências Humanas} }