@PHDTHESIS{ 2020:887940873, title = {Língua e cultura italiana: atitudes de ensino e de aprendizagem em Cascavel/PR}, year = {2020}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4803", abstract = "Esta pesquisa aborda o ensino de Língua Italiana (LI) como Língua Estrangeira (LE), em Cascavel/PR, a partir das noções da Sociolinguística Variacionista e Interacional, articuladas a estudos da Linguística Aplicada (LA). O objetivo principal desta tese é, portanto, demonstrar a necessidade em considerar as diversidades linguísticas, a heterogeneidade cultural e a identidade étnica da comunidade cascavelense nas aulas de língua italiana. A pesquisa surge a partir da constatação de que o italiano ensinado como língua estrangeira não é o mesmo trazido pelos imigrantes ao Brasil e pelo colono de frente sulista, para o município paranaense, e pela noção de que um falante competente é aquele que entende e não estigmatiza as pistas de contextualização de determinada cultura. Com base em Gumperz (1998), Erickson (2001), Bortoni-Ricardo (2008), entre outros estudiosos, consideramos a relevância da pesquisa de campo, a qual foi realizada por meio de entrevistas individuais, com um roteiro semidirigido. Entrevistamos 24 pessoas, sendo 18 alunos e seis professores, distribuídos em diferentes âmbitos de ensino em Cascavel, para demonstrarmos, também, a difusão do idioma na cidade e suas particularidades. Verificamos que a procura pelo aprendizado do italiano é feita, principalmente por italodescendentes, os quais buscam reafirmar as fronteiras étnicas por meio do status da língua italiana padrão. Podemos notar, assim, a difusão de estereótipos em relação à italianidade e em diversos momentos da pesquisa a falta de desenvolvimento da competência sociolinguística e sociocultural da comunidade. Percebemos, portanto, que a incompreensão sobre comportamentos culturais acaba gerando crenças e atitudes negativas em relação às culturas italiana e italodescendente. Nesse aspecto, propomos discussões e reflexões sobre a compreensão intercultural e as pistas de contextualização na fala do estrangeiro, assim como Hymes (1967), Certeau (1995), Gumperz (1998), Semprini (1999), Hall (2006), entre outros observam em comunidades de etnias diferentes. Logo, conhecer as variedades linguísticas e culturais, a língua materna de muitos alunos ou de seus pais e/ou avós, e também alguns tipos de comportamento, acaba sendo uma necessidade nesse contexto. Nesse sentido, compreendemos a importância de possibilitar ao estudante o conhecimento da história de seus antepassados e/ou sua língua materna, conforme Spinassè (2011) evidencia quando diz que alunos mais conscientes da própria língua materna têm mais facilidade para aprender melhor outras variedades. Dessa forma, o estudante de italiano poderá saber como enfrentar preconceitos e compreender as diferenças entre a língua padrão e a própria língua materna ou de herança. Assim, o aluno, italodescendente ou não, terá a possibilidade de aprender a respeitar tanto a língua quanto a cultura e o comportamento do outro. Apresentamos, por fim, como um dos resultados, quatro propostas didáticas pautadas pela abordagem socio(inter)comunicativa para o ensino de língua italiana em contexto de imigrantes e seus descendentes.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }