@PHDTHESIS{ 2020:1069013359, title = {Tessituras despatriarcais na contística de Kate Chopin e de Marina Colasanti}, year = {2020}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4786", abstract = "Esta tese partiu de reflexões acerca da teoria da despatriarcalização, de María Galindo, na contística da escritora estadunidense Kate Chopin e da brasileira Marina Colasanti, tendo como foco as formas com que as personagens femininas de seus escritos encontraram para subverter os ditames patriarcais que as cerceavam. Defendi a tese de que a decolonialização pode ser pensada no sentido de despatriarcalização, ou seja, se, de acordo com Du Plessis (1985), a mulher pode ser entendida como uma “metáfora da colônia”, o pensamento decolonial se correlaciona no sentido de a escrita de Chopin e de Colasanti ser pensada como uma prática de se decolonizar, isto é, se “despatriarcalizar”. No decorrer da pesquisa sobre a temática, despontaram-me alguns questionamentos que se destacaram como norteadores desta investigação: quais são os elementos presentes na contística das autoras selecionadas que demarcam/representam (ou não) o pensamento despatriarcal inserido em seus contextos específicos? Como elas se interconectam? Com o propósito de encontrar respostas a essas problematizações, tracei, como objetivo geral, revisitar e analisar contos de Kate Chopin e de Marina Colasanti, pelo viés da literatura comparada, em uma perspectiva despatriarcal. Como objetivos específicos, delimitei: 1) Por meio dos eixos metafóricos da puta, da índia e da lésbica, instituídos por Galindo como eixos do patriarcado, analisei como as personagens dos contos selecionados subvertem os sentidos contidos em tais eixos, de modo a dar mostras da despatriarcalização; 2) considerando que o colonialismo e o patriarcalismo poderiam ter uma conotação diferente nos EUA e no Brasil, busquei, concomitante à análise, refletir acerca do pensamento despatriarcal na escrita das autoras selecionadas a partir dos pontos que as conectavam ou em que divergiam. Nesse sentido, averiguei de que forma, no texto literário, se construiu o sentido de liberdade ou de despatriarcalização nas escolhas de personagens que se inscrevem em contextos e épocas diferentes. No intuito de alcançar os objetivos propostos, baseei a pesquisa, principalmente, nos pressupostos teóricos da despatriarcalização (GALINDO), dos estudos decoloniais (MIGNOLO; QUIJANO) e do feminismo decolonial (LUGONES; CURIEL). Tratou-se, portanto, de uma pesquisa voltada para a metodologia da literatura comparada, com viés crítico-analítico, que se propôs a analisar contos pertencentes a diferentes períodos da obra de Chopin e de Colasanti. O levantamento de dados foi possível por meio da pesquisa bibliográfica. Como resultado desse processo de investigação, a partir da análise literária norteada pelos eixos metafóricos postulados por Galindo, pude concluir que os contos das autoras selecionadas expressam, por meio da construção das personagens, do enredo, ambientação, desenvolvimento temático e estético, uma subversão dos conceitos de puta, índia, e lésbica, ao trazer uma ressignificação aos termos, de modo a expressar a despatriarcalização por meio da literatura. Assim, foi possível compreender que a despatriarcalização é um processo para a decolonização cultural e do pensamento como um todo, que só pode ser efetiva com a libertação das mulheres.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }