@MASTERSTHESIS{ 2019:1948259383, title = {Avaliação da incidência de Aflatoxina, Fumonisina e Zearalenona em milho produzido entre 2016 e 2018 nos estados de Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4765", abstract = "O Brasil é atualmente o 3º maior produtor mundial de milho, sendo que a maior parte desta produção, 70%, é destinada para a produção de ração para alimentação animal. Estudos apontam, no entanto, que 25% de todos os cereais produzidos no mundo estão contaminados com algum tipo de micotoxina, sendo o milho o cereal mais suscetível aos efeitos causados pelo ataque dos fungos que, sob condições de estresse como variações de temperatura, umidade, exposição à luminosidade e disponibilidade de nutrientes, podem desenvolver as micotoxinas. As micotoxinas são compreendidas como substâncias biológicas naturais produzidas a partir da metabolização secundária de alguns tipos de fungos filamentosos. Cada micotoxina possui um determinado efeito patogênico no indivíduo contaminado, mas em geral promovem menor absorção de nutrientes causando danos a rins, fígado e pulmões, e ainda podem interferir no sistema reprodutivo. As principais micotoxinas encontradas no milho são Aflatoxina (AFL), Fumonisina (FUM) e Zearalenona (ZEA). O objetivo deste trabalho foi de avaliar a contaminação e incidência de micotoxinas presentes no milho dos principais estados produtores no Brasil ao longo das safras 2015/16, 2016/17 e 2017/18 fazendo o mapeamento da contaminação de micotoxinas nestes estados relacionando o impacto que as condições de estresse de temperatura e precipitação exercem nos teores encontrados das micotoxinas. Foram encontrados resultados abaixo do limite de quantificação (ALQ) ao longo do estudo para 83,33 % de AFL, 15,92 % de FUM e 53,03 % de ZEA, enquanto que 3,50 % de AFL, 48,84 % de FUM e 10,26 % de ZEA das amostras tiveram resultados acima do valor máximo (AVM) permitido pela legislação. Por apresentar características de desenvolvimento a menores temperaturas e sofrer menos com os efeitos externos, as concentrações e incidência de ZEA reduziram ao longo do período amostrado. O estado que teve destaque em relação aos dados foi o Paraná (PR), o qual teve as maiores incidências e maior concentração desta micotoxina. De modo geral, 55,93 % das amostras analisadas no PR tiveram resultados positivos para a presença de ZEA, com índice de 15,85 % das amostras, com resultados maiores de 400 µg kg-1. Os dados da redução de ZEA estão extremamente relacionados à redução dos índices e melhor distribuição de precipitação acumulada. As concentrações de AFLs e FUMs apresentam características distintas de ZEA, pois estas micotoxinas são produzidas por fungos que tem a característica de desenvolvimento no pós-colheita. Os dados demonstram que não tiveram a redução gradual, mas as concentrações de modo geral tiveram uma pequena redução entre o primeiro e o último período de avaliação, mas com um aumento no segundo período. A concentração média de FUMs reduziu em 60,35 %, sendo que 83,74 % das amostras apresentaram contaminação por FUMs, e 48,84 % do total tiveram resultados acima de 5000 µg kg-1. Isso demonstra que no período ocorreu redução da incidência com redução na concentração. A contaminação por AFLs teve redução de 30,63 % nos resultados médios, com redução de 51,12 % de incidência, sendo 3,50 % de amostras com concentração acima de 50 µg kg-1. O estado de Mato Grosso (MT) teve a maior incidência e concentração média de AFLs, com destaque ao segundo período de avaliação, especialmente para os meses entre setembro e dezembro de 2016, onde a maior concentração obtida foi de 824 µg.kg-1 de AFLs. Os fatores externos de precipitação e temperatura podem ter contribuído para estes resultados, mas como as características de desenvolvimento das AFLs é pós-colheita, o fator estocagem parece exercer o maior papel nas altas concentrações da micotoxina. Como já esperado, fatores externos como temperatura, precipitação e estocagem parecem ser os maiores interferentes na produção de micotoxinas em milho.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Química}, note = {Centro de Engenharias e Ciências Exatas} }