@MASTERSTHESIS{ 2019:1307276536, title = {Perfil de pacientes atendidos em serviço de nefrologia e itinerário terapêutico de doentes renais crônicos estrangeiros em região de fronteira}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4754", abstract = "O sistema de saúde do Paraguai não garante a cobertura total no tratamento para pessoas com doença renal crônica (DRC). Existe uma demanda importante de pacientes estrangeiros com DRC que buscam assistência à saúde no Brasil. Dessa forma, surgiram indagações de como foi esse acesso e quais os caminhos que esses sujeitos percorreram para chegar até o serviço de nefrologia no Brasil. Para tanto, objetivou-se, com este estudo caracterizar o perfil epidemiológico de pacientes de origem paraguaia e brasileira em tratamento de hemodiálise em Foz do Iguaçu – PR e descrever o percurso percorrido pelo doente renal crônico estrangeiro, em busca de acesso ao tratamento de DRC pelo SUS no Brasil, em região de fronteira. A pesquisa caracterizou-se como exploratória e descritiva, utilizando-se procedimentos de análise quantitativos e qualitativos dos dados coletados. O perfil epidemiológico dos pacientes foi identificado com base em informações obtidas no banco de dados do serviço. O percurso percorrido foi identificado por meio de entrevistas semiestruturadas e analisado a partir do referencial de Kleinman, que defende a interferência de três subsistemas no Itinerário Terapêutico percorrido pelas pessoas na busca de solução para problemas de saúde: familiar, popular e profissional. O total de participantes do estudo foram 23 pacientes paraguaios, sendo eles: 73,9% do sexo masculino; 65,2% são casados, 56,5%, os brasileiros 56,45% (n=148) sobre com quem vivem os filhos e 65,2% paraguaios e brasileiros 65,2% (n=15) com o cônjuge, 26,1% ensino fundamental incompleto, 43,45% entre 40 a 59 anos e 47,85% com idade ≥ 60 anos, entre os brasileiros 51,5% (n=135) encontram-se entre 50 a 65 anos de idade 52,1% apresentam de 2 a 5 anos de tratamento dialítico, o uso de cateter como primeiro acesso ocorreu em 73,9% dos paraguaios, e 78,3% deles realizaram a primeira sessão de hemodiálise em caráter de emergência, a DM e a HAS foram as principais doenças de bases, 39,2% não estavam sob os cuidados de nefrologista na fase não dialítica. No subsistema familiar, os sujeitos e seus familiares apresentaram pouca percepção acerca de sua doença, e o apoio e suporte no momento que o sujeito recebeu o diagnóstico da doença renal é demostrado pelos familiares. No subsistema popular, houve procura por outros cuidados não convencionais da medicina tradicional. No subsistema profissional, o sujeito na busca do seu tratamento demostra em todo seu percurso o quão perdido ele se encontra pelo sistema de saúde do seu País, muitas vezes direcionando ele para territórios onde não há a assistência que necessita ou lhe impossibilita a aderência ao tratamento. Conclui-se que, embora a clínica de hemodiálise tenha sido o local de maior ocorrência da primeira sessão de hemodiálise, o primeiro tipo de acesso vascular foi o cateter, e a sessão de hemodiálise ocorreu em caráter de emergência em percentual significativo entre os pacientes paraguaios. Diante dos relatos expostos ficaram destacados por quais caminhos os doentes renais crônicos percorreram na busca pelo seu cuidado por meio dos subsistemas de cuidados em saúde, conforme o referencial teórico de Kleinman. Ressaltase que no Brasil existe um sistema de saúde pública baseado nos princípios da universalidade, da integralidade e da equidade, enquanto que no Paraguai o sistema de saúde público é precário, apresentando baixa cobertura de assistência à saúde.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }