@MASTERSTHESIS{ 2019:1429515988, title = {Só é velho quem pensa quem é: cuidado de si e estética da existência nos Grupos de Convivência de Toledo-Pr}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4746", abstract = "Envelhecer é a coisa mais moderna que existe”. Nos versos de Arnaldo Antunes encontramos a síntese perfeita para descrever uma das maiores conquistas da humanidade no século XXI: o aumento do número de longevos. Essa mudança no perfil etário da sociedade contemporânea configura-se em viver mais e melhor, jovializar a velhice e afastar a todo o custo o risco de envelhecer. Neste sentido, é possível perceber também alterações em como o idoso compreende o seu envelhecimento reconhecendo nele uma fase de enfrentamento, um momento no qual consegue desenvolver novas maneiras de “cuidar-se de si” em um processo de reinvenção do ato de viver a velhice, não excluindo a morte e a doença do percurso da vida, mas inventado formas positivas de recriar-se, assumindo para si a responsabilidade que essa fase da vida traz com todas as suas perdas e ganhos. Nos Grupos de Convivência de Toledo os velhos podem assumir o papel de protagonistas da sua história a fim de trazer mais alegria e leveza para a vida, de se libertar das amarras para viver a velhice como um privilégio. Nessa perspectiva, este estudo tem como tema central de pesquisa abordar a velhice como um acontecimento pleno, um momento de celebrar a vida e a possibilidade de invenção de diferentes modos de existência. O objetivo geral constitui-se em analisar se as atividades desenvolvidas nos Grupos de Convivência para idosos contribuem no cotidiano dos velhos para a produção de novas subjetividades e representações da velhice por meio da prática do cuidado de si. A questão que pretendemos responder nesse trabalho, se concentra na possibilidade de viver uma velhice em que é possível fazer escolhas e contrariar o senso comum de que precisamos eliminar as marcas da idade e frear o envelhecimento do curso da vida. Entre as hipóteses destacamos que a participação dos idosos nesses locais podem contribuir para a produção de novas subjetividades, possibilitando a celebração de uma nova estética da existência. Utilizamo-nos da pesquisa de campo por meio da observação direta dos participantes do grupo estudado e da gravação de entrevistas com os sujeitos utilizando-se de um questionário previamente elaborado. Essa pesquisa mostrou que entre as pessoas entrevistadas, também há práticas de si e estética da existência. Para sustentar as discussões teóricas com os resultados encontrados, utilizamos como referencial os estudos de Michel Foucault sobre estética da existência e cuidado de si. Tais estudos partem da escolha ética ligada a uma estética da existência, enfatizando aspectos ligados aos cuidados com a saúde, afetividade, sexualidade, participação política e social. Nessa linha, destacamos as pesquisas sobre velhice de Silvana Tótora, que tem como perspectiva analítica consagrar a velhice como potência, um momento privilegiado de resistência aos mecanismos de poder e aos modelos hegemônicos que estão centrados em protelar o envelhecimento na busca da eterna juventude.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }