@PHDTHESIS{ 2019:647260639, title = {A transcendência vivida em sua temporalidade: Sartre e a experiência psicopatológica}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4726", abstract = "Desde o início de seus escritos filosóficos, Jean-Paul Sartre (1905 -1980) estabelece um importante diálogo com a psicologia e, por consequência, com os fenômenos dela decorrentes, como é o caso da psicopatologia. Esse diálogo se deu de forma crítica. Trata-se, a bem da verdade, de uma aproximação com certo distanciamento. Sartre problematiza essas disciplinas por meio de várias objeções epistemológicas e metodológicas diante dos modelos vigentes à sua época. É tendo em vista esse foco crítico norteador que o filósofo francês percorre, teoricamente, ao longo de sua extensa e complexa obra, seu projeto fundamental, qual seja, o de reformular, para além da psicologia vigente, outro sentido e alcance da experiência da psique - a transcendência temporalmente vivida do ego. Para tanto, esse percurso se desdobra, no interior de sua obra, em várias frentes de abordagem. A primeira delas, exige uma nova problematização da questão do tempo, o que passará a reordenar um novo estatuto da consciência. A segunda frente implica considerar que essa consciência se situa, pré-reflexivamente, como liberdade, como projeto existencial. Uma terceira frente de abordagem constitui uma clara e crítica interlocução com Freud e consiste numa exigência metodológica que Sartre enuncia sob o programa de uma “Psicanálise Existencial”. Quanto a essa exigência, trata-se do procedimento fenomenológico que, anos mais tarde, o filósofo francês rearticula, dessa vez mediante um diálogo com a tradição marxista ao propor um método qualificado como progressivo-regressivo e no qual o ego temporalmente vivido não é estranho às condições históricas. É assim que, uma vez realinhados esses dois processos metodológicos, que se torna plausível, numa perspectiva como a sartriana, investigar a viabilidade de uma práxis clínica psicológica e psicopatológica. A tese passa, então, a narrar um caso clínico atendido em sessões de psicoterapia. Trata-se da trajetória existencial de uma mulher diagnosticada nosologicamente como que acometida de Transtorno de Personalidade Borderline. Tal relato ilustra a complexidade que Sartre problematizou em suas obras e métodos sobre a relação dialética entre o sujeito e o campo sociomaterial. Trata-se, ainda, de, hermeneuticamente, situar como essa mulher comunica seus sofrimentos psicofísicos de forma reativa e psicopatológica. Em função disso, pretende-se compreender como os fenômenos se originam sócio-historicamente, vindo a se constituir no e pelo contexto antropológico e sociológico em que esteve e está inserida a cliente.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }