@PHDTHESIS{ 2019:2041702667, title = {#Femvertising à luz da Análise de Discurso: o processo discursivo das campanhas publicitárias direcionadas às mulheres}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4691", abstract = "O interesse central desta tese está em compreender o funcionamento discursivo do Femvertising. Na posição de analista, ocupo o papel do imbecil, como nomeia Michel Pêcheux, quando mostra que se deve romper com as práticas naturais de leitura e investigar o processo. Em analogia ao exemplo do filósofo, meu olhar de analista reserva o foco para o dedo, e não para a lua. Isto é, busco compreender como acontece o processo discursivo do Femvertising. Nascido da união de dois termos em inglês: feminism (feminismo) e advertising (publicidade), o neologismo é entendido como a vertente da publicidade que prega o empoderamento feminino, luta pela igualdade de gênero e almeja a liberdade das mulheres. Mais do que uma possibilidade discursiva, o Femvertising é considerado, no mundo contemporâneo (leia-se, na sociedade neoliberal), um modelo a ser seguido. A produção de campanhas publicitárias de produtos e serviços destinados à mulher passou por um processo de adequação e de reformulação e, nas atuais condições de produção, nem tudo pode ser dito. Órgãos reguladores liberam ou proíbem as campanhas pensadas e produzidas por sujeitos para sujeitos da atual conjuntura político-histórica. Consultorias do feminino surgem no mercado de consumo para produzir aquilo que se considera adequado para a mulher do século XXI: a mulher que consome, a chefe de família, a financeiramente emancipada. A liberdade configura-se como algo almejado e possível, a partir do ponto de vista dos sujeitos-de-direito, que acreditam, por consequência do assujeitamento ideológico, que ela possa ser alcançada. Durante o processo analítico, observei que determinações feministas, machistas e capitalistas autorizam e regulamentam o surgimento da Formação Discursiva do Femvertising, que se forma a partir de já-ditos, com a proposta de romper com discursos e padrões de comportamentos cristalizados, frutos do interdiscurso histórico. Observei que, apesar de surgir como resistência ao passado e como negação ao machismo, o Femvertising é fruto dessa negação, por isso, por muitas vezes, a resistência do seu discurso a uma comanda inconscientemente institucionalizada gera o efeito de sentido de que esse discurso está, ainda, obedecendo/respondendo ao seu maior opositor. O Femvertising, sob efeito de ruptura e marcando simbolicamente a nova geração de sujeitos-históricos, mascara o seu pertencimento ao discurso publicitário. Assim, determinado pela comanda econômica e apresentando as características do discurso publicitário, o processo discursivo do Femvertisng é analisado, na presente pesquisa, sob a não transparência da linguagem, a não evidência de sentido e o assujeitamento ideológico. Ancorada em estudos de Pêcheux (2014), Orlandi (2017), Kehl (2016) e Cattelan (2016), reflito acerca das campanhas publicitárias que contribuem com o empoderamento feminino e lucram com isso", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }