@MASTERSTHESIS{ 2019:1413630241, title = {Entre mulheres, uma história: um olhar literário à colonização brasileira em A mãe da mãe da sua mãe e suas filhas}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4690", abstract = "Este estudo, inserido nas ações do Grupo de pesquisa “Ressignificações do passado na América: processos de leitura, escrita e tradução de gêneros híbridos de história e ficção – vias para a descolonização”, apresenta uma análise do romance brasileiro A mãe da mãe da sua mãe e suas filhas (2002), de Maria José Silveira. A obra aborda a história de uma família durante vinte gerações, cujo foco está nas personagens femininas que representam o “olhar visto de baixo”, daqueles que viveram muitos acontecimentos históricos, mas tiveram suas vozes caladas nos registros oficiais, como o primeiro Código Cívil, de 1916, na qual as mulheres casadas eram consideradas incapazes judicialmente, sendo subjulgadas aos maridos, quando não pela figura paterna; na Carta Outorgada do Império (1824) e na Primeira Constituição da República (1891), que proibiam as mesmas de votarem. O romance histórico de Silveira (2002) caracteriza-se, também, por trazer em sua tessitura marcas do registro da oralidade, pois as histórias da família são recontadas e rememoradas pelas mulheres e repassadas, via oralidade, de geração para geração. A obra confronta, ainda, os conceitos de mestiçagem e pureza, revelando quão frutífera e impulsinadora de novos ideais e manifestações artístico/social/literário a miscigenação foi para o contexto da América Latina. Nas entrelinhas desse tecido narrativo a história da formação da sociedade brasileira é relida de maneira crítica. Nossa intenção volta-se ao modo peculiar como essa criticidade se manifesta no romance, o que faz-nos buscar nele as características do romance contemporâneo de mediação, modalidade mais recente do gênero híbrido de história e ficção proposto por Fleck (2017). Assim, nosso olhar volta-se a confirmar essa possibilidade de classificação pela análise crítica da obra. Para tanto, realizamos um trabalho de revisão bibliográfica sobre as relações, entre ficção e história, realizadas pela autora na escrita de uma teia familiar de vinte personagens mulheres representadas em sua obra. Desse modo, embasamo-nos, primeiramente, nos estudos sobre o gênero híbrido romance histórico, com suporte em Lukács (1997, 2000, 2011), Aínsa (1988, 1991, 2003), Menton (1993), Fleck (2007; 2011, 2014, 2016, 2017), entre outros, para evidenciar aspectos formais da obra de Silveira (2002) como um romance histórico contemporâneo de mediação. Em seguida nosso olhar se volta aos estudos da crítica feminista – entre eles os de Bonnici (2007), Guerra (2004-2007) Scott (2011) e Zolin (2009), para revelar o quanto o acesso à escrita representou para a ampliação do universo de atuação feminino e como via de descolonização e despatriarcalização. Tal ação contribui aos propósitos de descolonização do Grupo de pesquisa mencionado e contempla as expectativas da linha de pesquisa “Linguagem Literária e Interfaces Sociais: Estudos Comparados”. Feita a nálise, evidenciamos a classificação do romance na modalidade proposta", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }