@PHDTHESIS{ 2019:1378205567, title = {A guerra em Maquiavel: por que[m] morrem os soldados nos campos de batalha?}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4641", abstract = "A “guerra” ocupa uma posição essencial na economia do pensamento político de Nicolau Maquiavel. Os conflitos, em suas mais diversas configurações e expressões, são tópicos reincidentes e regulares no alargado corpus do Secretário florentino. Na arte dello stato a guerra, ao invés de uma possibilidade vazia, é uma ameaça concreta e irrevogável. No horizonte maquiaveliano, as atividades militares aparecem como um elemento onipresente. Diante disso, o presente trabalho possui o propósito de investigar o lugar específico que a “guerra” ocupa em sua reflexão. Nossa intenção é a de situar o modo por meio do qual os escritos maquiavelianos interpretam o fenômeno militar, delineando o locus desse vocábulo, reconstruindo seu significado, explorando suas definições, suas formas de manifestação, e, principalmente, suas implicações na arena da política. Aqui, duas diretrizes principais estruturam nosso percurso. Na primeira, buscaremos expor a forma como Secretário concebe conceitualmente a guerra. Para isso, no primeiro capítulo de nossa tese, tentaremos realizar uma definição para essa noção, tanto em seus desdobramentos internos, nas guerras civis, como externos, nas guerras entre estados. Na segunda, como decorrência, abordaremos como esse entendimento afeta a dinâmica política de principados e repúblicas, regimes políticos que marcam a história intelectual do autor. Condensada na indagação sobre as razões que levam os soldados a se sacrificarem nos campos de batalha, voltaremos nossa atenção para as peculiaridades do organizar-se político, institucional e procedimental dessas formas de governo que buscam constituir suas armas próprias, e como cada constituição política reflete no motivacional de seus exércitos. Nesse caso, no segundo capítulo, nos empenharemos para apontar como essa compreensão dos conflitos armados impactam na teoria principesca maquiaveliana. Por um lado, como atributo essencial à formação dos principados; por outro, como elemento indispensável à manutenção das estruturas políticas, o que constrangerá o príncipe a estabelecer uma forma de relação específica com o povo sob seu comando. Por fim, no terceiro capítulo, avaliaremos como essa mesma ideia reverbera, em um âmbito prático e teórico, nas considerações republicanas de Maquiavel. A conservação das repúblicas, pelas vias armadas, guiará o Secretário para a definição de um modelo político específico, capaz de promover a formação das armas próprias para o caótico controle da fortuna: a república popular. Nisso, a hipótese que buscamos defender é a de que essa visão particular sobre a guerra desempenha tamanha influência no universo maquiaveliano que acaba agindo como um condicionante para seus posicionamentos políticos. A exigência para enfrentar um contexto de ação, em que os conflitos entre potências surgem como inevitáveis, instala o agente político, seja ele de inclinação principesca ou republicana, à frente de outras imposições de natureza estritamente política, que definem tanto seu comportamento em relação aos governados, quanto estabelece a observância de certos mecanismos institucionais.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }