@MASTERSTHESIS{ 2019:1389805559, title = {Singularidade, pluralidade e igualdade: elementos constitutivos da liberdade política em Hannah Arendt.}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4634", abstract = "A presente pesquisa tem como tema principal os elementos constitutivos da liberdade política, a partir da análise da teoria política da pensadora Hannah Arendt (1906-1975), em especial os conceitos de singularidade, pluralidade e igualdade. Quando pensamos em tais elementos constitutivos, no que concerne a concepção de igualdade, imediatamente temos a ideia de luta por direitos, justiça social, isto é, uma igualdade pautada nos ideais do direito positivo. É pertinente evocarmos tais lutas, contudo, no âmbito dos elementos constitutivos da política o conceito de igualdade é muito mais amplo. Segundo a pensadora, no que diz respeito a concepção de igualdade, percebemos que há aspectos singulares, uma vez que a concebemos como sendo fundamentalmente uma construção social, e não uma condição na qual já nascemos; para Arendt não nascemos iguais e, por isso, somos primeiramente sujeitos singulares que nos igualamos a partir da construção de uma convivência participativa na comunidade política. Essa participação se realiza através da ação e do discurso e, para que isso se efetive, se faz necessário o acesso do indivíduo para sua aparição na comunidade. Essa exposição pública é condição tanto da manifestação de sua singularidade quanto de garantia da igualdade. Nesse aparecimento o sujeito expõe a sua singularidade em meio à pluralidade. Todavia, não havendo espaços públicos adequados ou estando os indivíduos impedidos da participação nos mesmos, sua singularidade em relação à outros indivíduos e mesmo os pressupostos necessários para a legitimação da igualdade ficam comprometidos. Um dos maiores problemas é quando os indíviduos imaginam que igualar-se uns aos outros é simplesmente atender a necessidade de pertencimento. Deste modo os sujeitos tornam-se indiferentes em relação às questões políticas mas, simultaneamente, buscam se identificar com um coletivo, gerando o fenômeno da massa. Assim, temos um misto de pessoas aparentemente neutras politicamente, suscetíveis à cultura do consumo e das necessidades próprias do labor. Neste contexto o movimento totalitário encontra terreno fértil para instalar a dominação e a opressão e suas faces horrendas sobre as massas. Compreender como Arendt tematiza os pressupostos que possibilitam o fenômeno das massas, enquanto condição para instalação do totalitarismo e, como a pluralidade/singularidade a partir da concepção de igualdade podem ser antídotos desta tendência, é o que pretendemos nesta dissertação. Para tanto iremos, primeiramente abordar as três atividades humanas fundamentais da Vita Activa a saber: o labor, o trabalho e a ação. A partir da análise da obra arendtiana, buscaremos refletir sobre quais são as probabilidades de manifestação do totalitarismo e suas possíveis ocorrências na atualidade. Desenvolveremos a relação entre liberdade e igualdade, onde através da pesquisa do conceito de natalidade proposto pela pensadora, inferimos que para de fato vivenciarmos a liberdade é imprescindível estar em um espaço igualitário. Contudo, não uma igualdade compreendida como uniformidade e sim, de manifestação de nossas individualidades junto à coletividade. A partir dos elementos teóricos disponíveis no que diz respeito aos elementos constituivos da liberdade política , nos debruçaremos sobre o sentido da política. Por fim, buscamos lançar ideias e perspectivas frente ao mundo moderno-contemporâneo e para a práxis política na atualidade.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }