@MASTERSTHESIS{ 2019:1251765918, title = {Poder politico e produção da imagem em Maquiavel: viés interpretativo para uma ética política}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4574", abstract = "O presente trabalho parte da relação clássica na filosofia entre a ética e a política. Nosso objeto de análise será O príncipe de Maquiavel, obra a qual sintetiza em um momento específico o ponto central de uma crítica que já se esboçava em autores anteriores e que se apoia na tese de que a política deve se desvincular do poder da Igreja. A problemática se baseia na figura do príncipe para mostrar como a ação política se faz em meio à imanência do corpo social. Nosso objetivo é mostrar que, mesmo desvinculada da moral tradicional, a política se vê às voltas com uma forma de valoração que lhe atribui um tipo de responsabilidade. A figura do príncipe se baseia na construção consensual entre setores da sociedade, grandes e povo, os quais avaliam suas ações com base na eficácia, tal que é referida pelo teórico da política como capacidade de manutenção da vida civil. Assim, se a política se faz em meio à produção de uma imagem que se desloca do essencialismo moral, essa ainda está referida aos termos os quais ditam a lógica da ação política. Nosso intuito se justifica perante a tese de que, se por um lado Maquiavel rompe com o engessamento moral de noções precedentes, sobretudo referentes à escolástica, isso não nos permite pensá-lo enquanto teórico da vilania, ou do tirano, mas como aquele que dá as bases para o pensamento moderno quanto à ideia de razão do Estado. Para nós é importante pensar que Maquiavel lança as bases de uma nova forma de pensar a relação da política, o governo e o bem comum, que possibilita toda tradição do contratualismo moderno e, mais, a defesa da democracia enquanto afirmação do dissenso, uma vez que os agentes antagônicos que avaliam a ação do príncipe estão todos sujeitos ao governo. Para balizar o trabalho nos apoiamos em intérpretes clássicos do maquiavelismo, principalmente Claude Lefort, mas também Norberto Bobbio, Max Weber, Isaiah Berlin dentre outros. Sendo válido afirmar que há em Maquiavel uma nova forma de interpretação da ética em relação à política, essa só se esboça completamente no contexto republicano. A necessidade de institucionalização da virtù, desta forma, se liga a história pela necessidade da passagem entre a monarquia e a república. Dessa nossa conclusão retemos a também necessária ligação entre as duas maiores obras do autor florentino, O príncipe, diretamente referido por nós, e os Discorsi.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }