@MASTERSTHESIS{ 2019:2020320327, title = {O Canto do Tordo: violência, trauma e guerra na distopia Jogos Vorazes}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4558", abstract = "Entre as obras literárias juvenis com altos índices de vendas, do século XXI, a trilogia Jogos Vorazes garantiu seu lugar de destaque. A obra tornou-se um sucesso em diversos países, com adaptações para filmes bem sucedidos em bilheteria. Esse feito chama atenção para a trilogia, que pertence ao gênero distopia. As distopias surgiram em meio ao século XX, e se caracterizam por projetarem um futuro hipotético considerando as piores possibilidades para os problemas do contexto da sociedade e do período em que são escritas. A narrativa distópica é marcada pela idealização de um porvir catastrófico. Onde a humanidade chegou ao ápice de sua decadência, e os maiores temores se realizaram. Nos últimos anos as narrativas distópicas emergiram em um retorno dentre os lançamentos de maior sucesso no vasto campo de literatura. A maioria destas produções recentes estão incluídas no ramo da literatura Infantojuvenil, desta forma, seu discurso é articulado buscando atingir esse público. Neste sentido, por meio da análise da trilogia temos como primeiro objetivo discutir a relevância da literatura em si, para a apreensão dos debates contemporâneos, percebendo a ascensão do gênero distópico ao longo desse século como resultado de um processo histórico. No enredo da saga Jogos Vorazes constam a memória e traumas consequentes de um período de guerras e escassez, carregados pela protagonista Katniss Everdeen, uma personagem feminina, adolescente, exposta às situações extremas de conflito e tensão, que atingem também grande parte da sociedade de Panem, país onde vive. Neste lugar, a população é cotidianamente relembrada pelo governo que sua rebeldia trouxe a guerra forçando assim uma submissão da sociedade, tanto pela rememoração dos acontecimentos traumáticos, quanto pelo uso cotidiano da violência. Por meio da problematização da trilogia, nosso segundo objetivo é abordamos os temas da espetacularização da violência e da memória das guerras, bem como o trauma decorrente dessas condições, considerando a presença de uma mulher no protagonismo. São considerados aqui, os detalhes da narrativa não como um evento isolado, mas pertencente a um âmbito maior, pois consideradas as inspirações e intenções da autora Suzanne Collins, a trilogia distópica dispõe-se como narrativa de memória da relação pessoal da autora com a guerra e com os discursos midiáticos estadunidenses sobre o tema. Por outro lado, através da análise da trilogia acabamos por discutir também a relevância da literatura em si, para a apreensão dos debates contemporâneos, percebendo a ascensão do gênero distópico ao longo desse século como resultado de um processo histórico.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras} }