@MASTERSTHESIS{ 2019:1869721044, title = {A medicalização da queixa escolar: Poder e saber médico na produção de sujeitos em uma escola municipal de Santo Antônio do Sudoeste-Pr}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4509", abstract = "O presente estudo analisou a temática da medicalização da queixa escolar e a relação do poder e saber médico na produção de sujeitos normalizados na Escola Municipal Professor Guilherme Blick. Problematizou-se, no desenvolver da pesquisa, sobre as práticas discursivas hegemônicas no processo de subjetivação dos sujeitos aprendentes, nesta instituição de ensino. O objetivo geral consistiu em analisar as relações de poder e saber produzidas na escola, em relação a medicalização das crianças que são consideradas desviantes do padrão de normalização das condutas, e os efeitos dessas práticas discursivas e não-discursivas nos processos de subjetivação dos estudantes. Por meio da leitura de autores pós-estruturalistas, abordagem utilizada para embasamento teórico, notadamente advinda de Michel Foucault (1977), percebe-se que a partir do século XVIII as questões da existência, o comportamento, a conduta e o corpo se incorporam numa ampla rede de medicalização, que quanto mais funciona, menos escapa do saber da medicina. Medicina que atua no controle dos corpos/comportamentos, situando-se entre o poder e o saber jurídico – que interdita a ação – e o poder e o saber das ciências humanas – que busca normalizar os comportamentos. Entendese nesse trabalho a medicalização da educação como sendo todo processo que reduz a queixa escolar a um problema unicamente de ordem orgânica e ou biológica. Para a investigação da temática utilizou-se a pesquisa de viés qualitativo, embasada no método estudo de casos, feito por meio de observação participante, de análise documental e da efetivação de entrevistas semiestruturadas aplicadas a alunos, pais e professores. Para a análise adotou-se a genealogia Foucaultiana por considerar que ela possibilita a compreensão acerca da relação entre o poder e saber médico, que afeta o espaço pedagógico e produz formas de ser e estar no ambiente escolar, contribuindo para a construção de subjetividades presentes neste contexto. Como resultados dessa investigação observou-se, dentre outras questões, que o saber médico exerce um poder que se sobressai nessa instituição. Entretanto, o poder e o saber religioso, psicológico, jurídico e disciplinar apareceram nos discursos e movimentos realizados pelas práticas escolares, mostrando que a realidade institucional é dinâmica e pode apresentar mudanças. Considera-se que esta pesquisa não esgota as possibilidades de investigação sobre a medicalização da queixa escolar. Contudo, contribui significativamente para nossa compreensão acerca do saber e poder médico, que compõe um dispositivo de disciplina, controle e normalização do comportamento de escolares, notadamente, na instituição de ensino pesquisada.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Ciências Humanas} }