@MASTERSTHESIS{ 2019:446243596, title = {Codigestão anaeróbia de lodo de flotador do abate de frangos e caldo de cana-de-açúcar}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4493", abstract = "Na região Sul do Brasil, mais especificamente no Oeste do Paraná se concentram os maiores polos de produção da carne de frango do país. Dentre os resíduos provenientes da avicultura de corte, o lodo de flotador (LF) se destaca pela quantidade e complexidade técnica do tratamento e estabilização. A digestão anaeróbia é considerada uma tecnologia alternativa sustentável de tratamento de resíduos orgânicos, com capacidade de recuperar energética e agronomicamente os substratos processados. Os elevados teores de lipídeos e proteínas atribuem ao LF uma baixa relação C/N, que por sua vez podem levar a inibições por diversos fatores durante o processo de digestão anaeróbia, interferindo diretamente na produção de biogás e na eficiência da estabilização do substrato. Visando compensar a deficiência em carbono, sugere-se a inserção da cana-de-açúcar (Saccharum officinarum, L.) no processo de digestão. O caldo da cana-de-açúcar (CCA) é rico em sacarose, uma fonte carbonácea lábil que, durante processos fermentativos, sofre rápida hidrólise, por sua elevada biodisponibilidade. No presente trabalho, objetivou-se estudar o processo de codigestão anaeróbia do LF do abate de frangos de corte e as quantidades volumétricas crescentes de caldo de cana-de-açúcar (entre os tratamentos), com o intuito de complementar os afluentes com uma fonte de carbono lábil e solúvel. Avaliou-se ainda a influência de parâmetros inibitórios que pudessem desestabilizar ou colapsar o processo de digestão anaeróbia, influenciando diretamente a eficiência da recuperação energética e agronômica do substrato. O ensaio semicontínuo foi realizado em reatores tubulares de 60 L de volume de trabalho, dispostos paralela e horizontalmente, conduzidos em temperatura mesofílica constante, tempo de retenção hidráulica de 25 dias e uma alimentação diária (2,4 L total) contendo 4,5% de sólidos totais (ST) de LF (para todos os tratamentos – monodigestão, 1% CCA, 2% CCA, 4% CCA e 6% CCA), sendo parte da alimentação (60%) constituída pelo reciclo do dia anterior. Observou-se entre os tratamentos que, apesar das elevadas concentrações de nitrogênio amoniacal (≈ 950 – 1300 mg L-1) e amônia livre (≈ 165 – 215 mg L-1), não houve uma relação direta de inibição na produção de biogás e metano. Por mais que os elevados valores de acidez volátil (≈ 6 – 6,95 g L-1) tenham consumido a alcalinidade dos tratamentos 4 e 6% CCA e influído significativamente em seus pH’s, não houve fenômeno inibitório relacionado à acidificação do meio reacional. O tratamento que recebeu 2% CCA exibiu os maiores valores de produção (0,094 m³ dia-1), produtividade de metano (0,94 m³ N CH4 / m³ reator dia) e rendimento (0,58 m³ N CH4 / Kg SVadc.), quando comparado aos demais, assim como sua recuperação de nutrientes também correspondeu às maiores áreas cultiváveis de Saccharum officinarum, L. com o biofertilizante produzido (11,46 ha – 80 Kg N ha-1). Concluiu-se, por fim, que a codigestão sob estudo é uma alternativa possível para o tratamento, conjuntamente à recuperação energética e agronômica do LF.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola}, note = {Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas} }