@MASTERSTHESIS{ 2019:1922855969, title = {A escrita de alunos com transtorno do espectro autista leve}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4488", abstract = "A nossa pesquisa tem como objetivo geral analisar como alunos com Transtorno do Espectro Autista leve (doravante, TEA leve) manuseiam a linguagem em registro escrito na escola, a fim de também compreender se as características desse transtorno, como falha na interação social, dificuldade na coordenação motora fina e interesses obsessivos se manifestam nos textos dos alunos pesquisados, sendo este, nosso objetivo específico. Embora um corpo substancial de pesquisas exponha os benefícios provenientes da inclusão das pessoas com Autismo, o assunto ainda permanece controverso, sobretudo quanto à possibilidade de as escolas oferecerem respostas adequadas às necessidades educativas dos alunos com deficiência. Ponderando que a linguagem é mediadora deste processo, a pesquisa ancora-se teoricamente na perspectiva histórico-cultural do desenvolvimento humano, estabelecida por Vigotski (1989, 2003), articulada aos estudos de Bakhtin (2003, 2004) no campo da semiótica. A pergunta da nossa pesquisa é: como alunos com TEA leve manuseiam a escrita em seus textos na escola? Trata-se de uma pesquisa documental, cujo corpus compreende textos escritos por alunos com TEA leve. É uma pesquisa situada na área da Linguística Aplicada, porque focaliza o uso da linguagem em situação de escrita escolar. Os sujeitos autores dos textos da pesquisa são alunos do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), diagnosticados e que possuem laudo de TEA leve, de quatro (4) escolas da zona urbana da rede pública de ensino de um município da região do Oeste do Paraná. Os procedimentos para obtenção dos textos seguiram o estabelecido pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP, conforme parecer número 2.924.305-2018). Foram analisados textos de sete (7) alunos, totalizando quinze (15) textos.A pesquisa é do tipo qualitativa descritiva e interpretativista (TRIVIÑOS, 1987), pois estamos preocupados com a compreensão e interpretação das condutas de escrita de alunos com TEA leve. Analisamos os textos que compõem o corpus considerando os três elementos constitutivos dos gêneros do discurso: o conteúdo temático, a construção composicional e o estilo (BAKHTIN, 2003). Em seguida, analisamos se a escrita desses textos apresenta características que podem ser decorrentes do TEA leve, considerando para isso bibliografias da área da saúde, que descrevem sobre o transtorno. Observamos nas literaturas sobre o TEA leve que a coordenação motora fina das pessoas com esse transtorno é deficitária. Todavia, a pesquisa mostrou-nos que, exceto na produção escrita de um (1) aluno, não houve textos com problemas significativos em relação ao traçado da letra. Pelo contrário, percebemos que em sete (7) textos o traçado da letra favoreceu a legibilidade. Foi constatado em nove (9) textos uma relação rígida com o manuseio da linguagem escrita, com muitos detalhes por possivelmente ser um tema do interesse do aluno autor, derivado das estereotipias próprias do TEA leve, percebemos em nove (9) textos, característica típica do TEA leve.Acreditamos que nosso trabalho poderá contribuir com pistas que nortearão futuras pesquisas que visam compreender a linguagem de pessoas com TEA leve.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }